Auto-retrato
I
Nada tenho a esconder
E bem pouco a declarar
Eu sou como um livro aberto
Pra quem quiser folhear
Porém guardo os segredos
Que não posso revelar
II
Tenho uma vida simples
Não gosto de complicar
Procuro sempre ouvir
E sou parco no falar
Sempre aprendo com os erros
Mas sem medo de errar
III
Procuro fazer amigos
E os amigos preservar
Respeito sempre os mais velhos
Pois têm muito a ensinar
E oriento os mais jovens
Pra que apendam a caminhar
IV
Acredito no amor
Acredito na bondade
Respeito as diferenças
Admiro a castidade
Valorizo o caráter
Honra e honestidade
V
Não tolero a injustiça
Abomino a humilhação
Aprecio a humildade
Gentileza e gratidão
Pratico a lealdade
Como uma religião
VI
Respeito muito a mulher
Como símbolo do amor
Da paixão e da ternura
Perfeição do criador
Que fez o homem parceiro
Nem escravo nem senhor
VII
Todo homem tem defeitos
Ao pecado está sujeito
Sou humano como todos
Tenho um coração no peito
Eu não sou especial
Não pensem que sou perfeito
VIII
Mas aprendi que o bem
Há de vencer sempre o mal
E que todo ser humano
É um ente especial
E viver em harmonia
Pra mim é essencial