Veja Quantos Pés

Não tenho pé de galinha.

E o bom pé-de-moleque,

Desde o tempo de moleque,

É a sobremesa minha.

Certa vez, do campo, vinha

Um pé d'água muito forte,

Vinha surgindo do norte,

Me amparei num pé de jaca,

Um raio quase me ataca,

Escapei por pura sorte.

Nunca vi um pé de vento,

Vento não tem endereço.

Mas pé de cabra conheço,

Não é feito de cimento,

Envergá-lo, não aguento,

Não há homem que aguente,

Só extremamente quente,

Alguém pode envergá-lo,

Tô ciente no que falo,

Mas não é pra toda gente.

O ciumento doente,

Quando sai pela manhã,

Ao pensar no pé de lã,

Fica com a cuca quente.

Eu sei que há muita gente,

Que enfia o pé na jaca,

Já eu que não sou babaca,

Boto as botas e as meias,

Bom mesmo é um pé de meia,

Só com ele o pobre'escapa.

Interação do poeta Edmiltom Torres:

Eu não sou um pé rapado,

Nem tenho pé de atleta,

Mas como sou um poeta,

E gosto de um som rimado,

Já me senti convidado,

A interagir contigo,

Se quiser ser meu amigo,

Por favor não me confunda,

Não me dê um pé na bunda,

Se não de te eu me intrigo.

Agradecimento:

Agradeço meu amigo,

Por sua interação,

Feita com mui precisão,

Fazer assim, não consigo,

No seu campo, só há trigo,

Se há joio, é um tico,

Mui agradecido fico,

Cordelista afamado,

Não faz verso pé quebrado,

Seus versos são muito rico.

Tiago Duarte
Enviado por Tiago Duarte em 16/06/2012
Reeditado em 17/06/2012
Código do texto: T3727386
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