HOMENAGEM AO DICRÓ "SURURU"
Lá vou eu novamente
Querendo o leitor agradar
Com meu jeito simples
Aprendendo metrificar.
Sou amante do cordel
Que rasga muito papel
Pra melhor rima achar
Mas, isso não vem o caso.
Pois eu faço por amor
Não busco fama ou sucesso
Só quero ser rimador
Com historia iluminadas
Da imaginação tirada
Pra quem for leitor
Vamos parar de conversa
E contar essa historia
Que se passa no sertão
E vai ficar na memoria
Foi num forro brabo
Que nem mesmo o diabo
Apostaria uma vitória
Eu fui testemunha
De tudo que aconteceu
O famoso Zé Zabumba
A todos surpreendeu
Puxou sua lambedeira
Faca típica de feira
E na sanfona meteu
Logo se deu inicio
A uma grande confusão
Zé Zabumba corria
Atrás do Mané João
Cinco minutos de briga
Generalizou muita intriga
Mais de cinquenta mortos no chão
Mané João tropeçou
Nas pernas do Paraíba
Que puxou sua peixeira
E saiu pra briga
Eu ficava nervoso
Com aquele alvoroço
E tanta mão inimiga
Tal de Marcinho capeta
Era Pior que o cão
Cada pulo que ele dava
Uma cabeça caia no chão
Era uma briga danada
Estava difícil de ser acabada
Só vendo que confusão
Tal de Ari era brabo
Professor de capoeira
Acertou o Zé Zabumba
Tomou sua lambedeira
E gritou pra todos ouvir
Sou eu que mando aqui
Vou acabar com essa feira
Só vou livrar a cara
De velho, criança e mulher.
E hoje nesse forro
O resto não fica em pé
Podem começar a rezar
Isso aqui não vai prestar
Só vai sair quem tem fé
A menor faca da briga
Tinha seis polegadas
E na mão do Paraíba
Era pior que espada
Deu medo a confusão
Logo Eu grande machão
Tive de dar minha escapada
Sempre fui conhecido
Como grande valentão
Mas naquele forro
Eu não volto mais não
Dei sorte de escapar
Por isso não volto lá
Foi feia a confusão
Eu enfrento de tudo
E topo qualquer briga
Subo morro, desço morro.
Não tenho medo de intriga
Porem naquele forro
Nem Eu, nem o Dicró
Caiu na mão inimiga
Esses versos foram tirados
Da musica do Dicró
Poeta, musico e rimador
Alegre como ele só
Hoje ele descansa em paz
Muita saudade nos traz
Essa é homenagem ao Dicró