Um bixo rastejante/ interação de Milla Pereira, cumade Hull e Fernanda Xerez

Airam Ribeiro 20/05/2012

Lembro da tartaruguinha

Xorano lágrimas de dô

Por sua querida mãezinha

Qui lá no mar nun rispirô

Cum o coração xêi de mágua

Ela teve no fundo d’água

Aquela hora de horrô?

Xêinha de ovos estava

Já era época de botá

Para a praia já nadava

Para o buraco cavá

Num plástico se enganxô

E a sua boca tampô

Ficano sem respirá.

As ondas quando desmaia

Todas ela tem que voltá

E todo o lixo da praia

Ela está sempre a levá

O plástico e outros mais

Vão matando os animais

Que mora no fundo do mar.

O homem fabrica o lixo

Que não tem onde jogá

Finge que não sabe esse bixo

E vai sujano qualqué lugá

Por não ter a educação

Sai por aí esse sujão

Poluindo tudo o que há.

E assim o mêi ambiente

Por não tê leis merecida

Vai sendo sujada por gente

Que não são compadecida

Só no dia que a água faltá

É que o homem vai xorá

Com lágrimas ressequida.

Esse planeta bonito

Que lá de riba a gente vê

Um dia vai cê esquezito

Por não ter água prá beber

Plantô nele a destruição

Colheram a poluição!

Vocês esperavam o que?

Um grande deserto verá

Os que consegui sobrevivê

Poeira de areia no ar

É só o que ainda vai vê

As matas apodreceram

As sementes não nasceram

Passô a era do xuvê.

Então um ser rastejante

Iguá cobra, iguá serpente

Vai cê um tranfigurante

Bixo in forma de gente

Se nun cuidô do qui foi seu

Qui de graça Deus lhes deu,

Rastejará na terra quente!

VAMOS SALVAR O PLANETA?

(Milla Pereira)

Cumpádi, essi cordé

Que vei inspirá a genti

Dá nus ôtru um rastapé

Faiz o ômi, finarmenti,

Pensá nessi dia cinco

E cuidá, cum mais afinco

do nossu mêi ambienti.

Nessi dia, nessa hora,

O mundo vai ta ciente

Pois ôji se cumemora

Dia do Mei Ambiente.

Para o ômi tê certeza

Qui nossa Mãe Natureza

Anda di mar cum a gente.

O mundo jogâno lixo

Ondi num devi jogá.

Lá cria mosca e bixo

Di toda forma qui há.

Criança fica duenti

E nessi mei ambiente

Num dá nem pra respirá.

É genti matânu as mata

Só pra ganhá mais dinhêro.

Ondi tinha ôru e prata

Ôji só tem o mar xêro.

O ômi é o predadô

I do pôcu qui restô,

Num forma nem um cantêro.

Intonce as Nação Unida,

Qui criô essi programa

Pra conservá a vida

Qui a natureza recrama.

Manda prantá uma muda

De arve, qui já ajuda

A terra qui a genti ama!

Vâmo todos dá as mão

Im nome da natureza

Que alimenta o irmão,

Padeceno na pobreza.

Vâmo sarvá os animal

I as água fruvial

Qui são de tanta beleza!

(Hull de La Fuente)

U FUTURU NA FICÇÃO

Cumpadi um filme eu vi

Cum a Terra du futuro

Ti agarantu, nem drumi

Embora fossi iscuru.

A super população

Recebia uma ração

Uns biscoitu muitu duru.

O povu andava ao léu

Num tinha habitação

Ninguém mais via u céu

Era só poluição.

Banhu elis num tomava

A chuva ácida matava

Mais qui bala di canhão.

Os legumi era plantadu

Em istufa protegida

Num tinha carni di gadu

Faltava muita cumida.

A água dessalinada

Vinha du mar intubada

Era mais morti qui vida.

Não havia mais floresta

A fauna toda morrera

Nem vozes para contesta

Tudo desaparecera.

O povu todu guiadu

Por soldadu bem armadu

Como boiada em carrera.

As cidadi eram abrigu

Feitus em baixu da terra

Pois lá fora era u perigu

pelas química di guerra

o sol num aparicia

era iscuru noite i dia

um terrô qui num incerra.

A fábrica de comida

fortis soldadu guardava

E a fila di genti sufrida

Us tais biscoitu isperava.

Si a fila diminuía

É qui o povu murria

E seus corpu “evaporava”.

No fim do filme si vê

Qui us difunto é transformadu

Numa pasta, num patê,

Depois em biscoito assadu.

Neste mundo chei di guerra

Esti é o destinu da Terra

E do homi desalmadu.

Fernanda Xerez

Dia Mundial do Meio Ambiente

Temos que ser conscientes

Vamos lá, minha gente

Coibir a malvadeza

Eu aqui de Fortaleza

Dou o primeiro passo

Mantenham o compasso

PRESERVEM A NATUREZA

Neste 05 de junho ajudar

Uma linda árvore plantar

É uma forma de preservar

Usem de muita espeteza

Deixem logo de moleza

Façam a sua parte

Brinquem fazendo arte

PRESERVEM A NATUREZA

O poeta Airam Ribeiro

Me desafiou primeiro

E a menina Milla ligeiro

Chega esbanjando beleza

La Fuente com certeza

O quarteto vem completar

E vamos juntos conclamar:

PRESERVEM A NATUREZA

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 25/05/2012
Reeditado em 11/06/2012
Código do texto: T3686961
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