“PACA TATU”.

Valdemiro Mendonça

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Fique atenta na rima

E não faça confusão,

Pingo acima i de ima

Abaixo é exclamação,

Fui eu que bati pá tu.

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Paca tatu pode falar,

Cutia eu calo a boca,

Cutia se eu comentar,

Estou marcando toca,

Falando como o piru.

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Se nunca viu a paca,

É ratão e dá pagode,

Pega numa arataca

Enche bucho de bode,

Mais o fruto de umbu.

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

E que não viu a cutia

Do tamanho do coelho,

Mesmo macho é cutia,

Com o saco e pentelho,

Igual tuiuiua e tuiuiú,

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Só fale em paca tatu

Cutia melhor se calar,

Pois fêmea é sem piru

Não da nem pra olhar,

Na barba do sururu,

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Se cutia ta proibida,

Só tatu posso dizer,

Ficará despercebida

Que eu posso fazer,

Sem causar o sururu?

Paca tatu, cutia não,

Paca tatu, paca tatu.

Trovador.

"À poetisa Jeane Diogo, me admoestou em trovas"

"-Nunca tu poderia

Fazer a rima que queria

Sabendo que partiria

E muito e muito sofreria!"

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 17/05/2012
Reeditado em 17/05/2012
Código do texto: T3673357
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