“PACA TATU”.
Valdemiro Mendonça
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Fique atenta na rima
E não faça confusão,
Pingo acima i de ima
Abaixo é exclamação,
Fui eu que bati pá tu.
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Paca tatu pode falar,
Cutia eu calo a boca,
Cutia se eu comentar,
Estou marcando toca,
Falando como o piru.
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Se nunca viu a paca,
É ratão e dá pagode,
Pega numa arataca
Enche bucho de bode,
Mais o fruto de umbu.
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
E que não viu a cutia
Do tamanho do coelho,
Mesmo macho é cutia,
Com o saco e pentelho,
Igual tuiuiua e tuiuiú,
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Só fale em paca tatu
Cutia melhor se calar,
Pois fêmea é sem piru
Não da nem pra olhar,
Na barba do sururu,
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Se cutia ta proibida,
Só tatu posso dizer,
Ficará despercebida
Que eu posso fazer,
Sem causar o sururu?
Paca tatu, cutia não,
Paca tatu, paca tatu.
Trovador.
"À poetisa Jeane Diogo, me admoestou em trovas"
"-Nunca tu poderia
Fazer a rima que queria
Sabendo que partiria
E muito e muito sofreria!"