Aderino intão a língua caipirêis/ as favas os intelequitualizados
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelequitualizado.
Airam Ribeiro/maio de 2012
O português vei lá de Portugá
Foi Cabrau qui truxi inté aqui
Nossa língua era o tupy guarani
Qui os moradô daqui vivia a falá
Esses povo qui aqui tava a xegá
Cum a nova língua foi avisado
Qui cum o tempo tudo ia cê mudado
E inventano as palavra se desfêiz
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelequitualizado.
Logo elas fórum se transformada
Arguns acentos e letras fórum tirano
Muitos tava inté quase inventano
Cum descurção qui nun levava a nada
A opção sem o i tava assim ditada
E os acento narguma palavra foi tirado
E pensano qui tudo tava cunsumado
Embaraiano as cabeça do freguêis
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelequitualizado.
A nova língua qui o matuto foi criano
É mais faci e nun tem istreçamento
O qui manda mermo é o intendimento
E a manêra qui ele ta se espressano
O outro qui ta na frente vai iscuitano
E na iscuitação o qui falô ta gravado
Nun se importano se a palavra tá errado
E nem se quem troxi pra cá foi portuguêis
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelequitualizado.
As nova regra da intão ortografia
Só os besta é que vevi a preocupá
Numa língua qui ta sempre a mudá
E o istreçamento é claro todos os dia
O prefeçô já vevi sem tê aligria
Pra decorá os acento do palavriado
Errano ele é logo intão martirizado
E de matuto logo ele é taxado
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelequitualizado.
Por isso digo pras fava esses sabente
Qui isnoba no seu modo de iscrevê
Num se importano cum seu procedê
Nessa terra só Jesus foi Sapiente
Por isso é que Ele ta lá na glória Onipotente
Aqui imbáxo tamo quereno é cê letrado
Nun se importano de tê o mermo coidiado
Pra fazê as coisa do que O Mestre fêiz
Aderino intão a língua caipirêis
As favas os intelectualizado.