UM CONSELHO AMIGO
Quero fazer um pedido
Assim me manda o divino
Espirito Santo que deu
Para mim sempre bom tino
Na venda de um grande amigo
Chamado Elizeu Paulino
Um famoso cordelista
Precisa dar mais valor
Pelo trabalho que faz
Não quero ser professor
Apenas dou um conselho
Como colaborador
Eu lhe peço como amigo
Você seja mais fiel
E sobre seu interesse
Gastando tinta e papel
Somente por um real
Não venda nem um cordel
O preço de dois reais
Está no regulamento
Quem chega para comprar
Não tem o conhecimento
Só ele mesmo é quem pode
Valorizar seu talento
Sendo eu um cordelista
Também vendo numa banca
Não só minha, mais de outros
Que da memória arranca
Lindas estrofes, pra venda
A colocação é franca
Valorizamos a ordem
Do pai que está no céu
Para quem se valoriza
Pra esse tiro o chapéu
Que deixa o vento levar
Termina no beleléu
Dádiva vinda de Deus
Pra quem tem inspiração
Quem escreve Poesia
Com a caneta na Mão
Retira qualquer angustia
De quem tiver solidão
O Poeta que tem vontade
De escrever, dentro dói
Do peito quando não pode
Sente um inseto que rói
Não pode ficar guardado
Que o Tempo vem e destrói
Escrevendo valorize
Fazendo a parte sua
Classifique seu trabalho
Com os outros contribua
Que são Amigos de Arte
Assim a vida continua
Por dois reais vendo eu
O Colega vende por um
De um fraco entendimento
Na Praça fica o zumzum
Assim sem ter um controle
Não chega a lugar algum
Tenho fé na providência
Creio que o colega faz
Esse pedido, pois ele
Sendo Amigo é capaz
De atender e o dinheiro
Pode render muito mais
CICERO MODESTO GOMES
É meu nome que trafega
No mundo da Poesia
Que um curriculum não nega
Se por demais fui grosseiro
Peço desculpa o colega.