Pra Ver a Chuva Cair No Sertão
Pra Ver a Chuva Cair No Sertão
Jorge Linhaça
As criação tá morrendo
ah, meu Deus, quanta quentura
u meu sangue ta fervendo
a terra rachada e dura
As cistrna tão secando
os acudes seco estão
as crianças tão chorando
me pedindo água e pão
Ah, Meu Deus, quanta secura
nem as palma dão mai jeito
sofre os homi e as criatura
que pecado havemos feito?
Nem São João nos valeu
nem outro santo qualquer
a festança si perdeu
com os choro das muié
Ah, Meu Deus, quanto castigo
secô o milho e o feijão
me diga o que faço ou digo
pra ver chuva cair no sertão
Tanto mes de estiagem
tanta sede no meu povo
Dá pena ver a paisagem
mande água pro renovo
Muita gente perdeu tudo
só não perde a esperança
Sertanejo é topetudo
Se chove vira criança
Ah, Meu Deus, mandai a chuva
pra molhar nosso sertão
os rostos de passa de uva
iguais à terra do chão
Não carece de um dilúvio
Só que chova em abundância
Que faças descer o plúvio
Pra renascer a esperança
Salvador, 8 de maio de 2012
Pra Ver a Chuva Cair No Sertão
Jorge Linhaça
As criação tá morrendo
ah, meu Deus, quanta quentura
u meu sangue ta fervendo
a terra rachada e dura
As cistrna tão secando
os acudes seco estão
as crianças tão chorando
me pedindo água e pão
Ah, Meu Deus, quanta secura
nem as palma dão mai jeito
sofre os homi e as criatura
que pecado havemos feito?
Nem São João nos valeu
nem outro santo qualquer
a festança si perdeu
com os choro das muié
Ah, Meu Deus, quanto castigo
secô o milho e o feijão
me diga o que faço ou digo
pra ver chuva cair no sertão
Tanto mes de estiagem
tanta sede no meu povo
Dá pena ver a paisagem
mande água pro renovo
Muita gente perdeu tudo
só não perde a esperança
Sertanejo é topetudo
Se chove vira criança
Ah, Meu Deus, mandai a chuva
pra molhar nosso sertão
os rostos de passa de uva
iguais à terra do chão
Não carece de um dilúvio
Só que chova em abundância
Que faças descer o plúvio
Pra renascer a esperança
Salvador, 8 de maio de 2012