esta é minha resposta ao Cordel "No dia que a Lua Iscureceu", que se lê logo abaixo, enviado pelo meu cumpadi Airam Ribeiro. Vejam o mesmo texto também na página do compadre.
GUERRA NA LUA
(Hull de La Fuente)
Meu cumpadi tomem vi
Essa luta renitenti
Qui Jorge traçou ali
Na Lua di toda genti.
Quantu mais eli lutava
Mais Dragão pra lá vuava
Foi uma luta inclementi.
Adispois no fim di tudu,
Dessa batalha incomum
Son Jorge si feiz papudu
E disse:-“tem mais ogum”?
Foi intão qui a urubuzada
Pra Lua in revuada
Foi fazê um zunzunzum.
Cá na Terra era só breu
E tantu dus manifestu
As Draguikuim si moveu
Fazenu um grandi protestu.
A matança dus dagrão
Foi a grandi cumoção
Além du xêru indigestu.
Matá u dragão da Lua
Provocô as passiata
Logo as dragão di rua
Chamaru us democrata.
Pois imbora em expansão,
Si julgam em extinção.
Durma-si cum essa sonata.
Hoji im órbita da terra
Isqueletus di dragão,
U qui restô da tal guerra,
Dus urubu, refeição,
São as enormi ossada,
Das "Drag" desencarnada,
Qui virô constelação.
Meu cumpadi dueslista
Das históra di emoção
Eu tomem vi cum essas vista
Na noiti du meu sertão
Tudu quiu sinhô falô
Arqueólogo comprovô.
Aqui num tem invenção.
Brigadim pelu cunviti
Pra essa bunita prosa
Qui u leitô aquerditi
Nessa aventura ispantosa.
Quanu nas noiti istrelada
Olhem pra lua prateada
O dragão tá cor-de-rosa...
Nu dia qui a lua iscureceu
Airam Ribeiro
Só nóis aqui no sertão
Viro todos no momento
A grande saculejação
Do grande cunticimento
A lua toda se tremia
De ponta a ponta sacudia
Inté perdê seu clarão.
Foi decretado a guerra
De Son Jorge cum o dragão
A image que se vê da terra
Nun ia cê mais visto não
A lança no ar sacudia
Cada golpe que desferia
A lua perdia o clarão.
Inté qui a luta acabô
Son Jorge já surridente
O dragão no xão tombô
Inda se via caí lentamente
O pobrema surgia intão
Pois cum a morte do dragão
O fedô vinha de repente.
Mas cá de báxo intão
Cum os fáro das urubuzada
Cumeçáro a migração
Fugino todos na ribada
Pra sigui aquele xêro
Nun izéstia dizispêro
E cumeçô a revuada!
E asa pra que te quero
Todos se zarpano do xão
Escrevo sem inzagêro
O qui eu vi do sertão
Nium arubu ficô aqui
E as caniça pequena daqui
Cumeçô surgi intão.
Três dias depois nóis vimo
Lá da lua discambando
E pelo som qui nóis ouvia
O mundo tava era cabano
Caia o dragão de verdade
Cum a força da gravidade
Paricia qui tava vuano!
A NASA se percupô
Cum medo de colizão
Dum fuguete qui zarpô
Pra riba da constelação
Ouvia nuticia diária
Qui u’a nave terplanetária
Tava caino no xão.
Pur fim a nave espaciá
Pra terra mandô nutiça
Qui o obijeto qui passô no ar
Se tratava duma carniça
E siguia a sua viagem
Cuns arubu na sua colage
Sem nen tê niuma priguiça.
Tudo se escureceu
Quando na timosfera entrô
Pois os arubu nun correu
Nem da carniça desgrudô
Cairo aqui no sertão
O corpo daquele dragão
Qui na lua Jorge matô.
Cinco mêiz e cinco dia
Para da carniça tê o fim
Só se via as aligria
Nos bico dos arubuzim
Vêi arubu de Sun Pálo
E pruveitano o imbálo
Tomém veio os de Tarantim.
Quem viu marcô esse dia
O dia da iscuridção
Hoje quando a lua alumia
Muita gente nun crê não
Só quem viu pode contá
Quem viu acarniça no ar
Foi só quem morô no sertão.
Cumade, ta aí mais um dueto, é de mais uma carniça. Abraços na sióra e ni todos os meus amigo.
O poeta Nasser Queiroga, lá da terra do Tio Sam, também manda seu recado e ainda tirô pruveitu du dragão abatidu. Òia meu cumpadi, nem eu, nem cupadi Airam pensemo im tirá pruveitu do côro du bichu, ocê feiz muitu beim. Abraçus,
05/05/2012 06:55 - Nasser Queiroga
Nossa eu queria um cantim
pra falar dessi dragão
e' qu'ele caiu foi in Souza
Paraiba meu sertão
E eu tenho prova dele
aqui nessi cinturão
ispecialidade feita di couro de dragao!
Eu com um pano na cara
so'por causa do fedor
aprocimei da carniça
imagine o horror
a urrubuada vuando
e eu os bichus ispantadu
cum minha faca na mao.
Peguei um pedaco grandi
imagino qui era o robô
ispixei na minha cerca
era um fedor danado
mais adepois dele curtido
e de no sa' ser lavadu
deu um cinto arretadu
Inda tenho couro do bichu
se voce quiser comprá
mande pra me o dinheiro
que o pedaco vo mandá
e' couro suficienti
pra fazer uma bolsa grande
pra na rua desfilar!
E se voce tem amiga
que gosta de isnobar
cum uma coisa diferente
num se rogui de falar
de pra elas o indereco
mandi que mandi a merreca
qui o couro vou mandar!
Agradecu a san Jorge
pela sua grandi ação
poi ele e quem deu o sustentu
pra esse aqui,seu irmão
hoje sou industrial
subrevivu di um pedacu
do rabu de um dragão!
Voces sao muito criativos Hull , eu fico aqui provocado pela linda imaginacao e historia que voce criaram....e que fez o poeta de longe criar versos!!!!
CarinhosamentE, Nasser