A revolta do contribuinte
I
A Receita Federal
Criou com certo requinte
Para o contribuinte
Um dia especial
Um simbolismo formal
Que nem dá pra entender
Pois o normal é se ver
Descaso com o cliente
Como se não fosse a gente
A sua razão de ser
II
O tal dia escolhido
Foi vinte e cinco de maio
Não sei se brindo ou se vaio
Fico alegre ou ofendido
Porém não fico iludido
Com essa tapeação
Pois as garras do leão
Continuam afiadas
Estão sempre preparadas
Pra pegar o cidadão
III
Pagar imposto ao fisco
É dever do cidadão
Quem busca a sonegação
Incorre em sério risco
Pois o fiscal é arisco
E não se deixa enganar
Todos temos que pagar
Pra nascer, viver, morrer
Só não dá para saber
Onde a grana vai parar
IV
O Governo Federal
Não cumpre o seu dever
De ao cidadão prover
Boa escola e hospital
E a segurança legal
Pra poder viver em paz
Não é mesmo nem capaz
De prover a moradia
Muitos recursos desvia
Em toda obra que faz
V
Governos estaduais
E também as prefeituras
Fazem as mesmas loucuras
E ninguém os pune mais
Pois até os tribunais
Também estão corrompidos
Estamos desiludidos
Com tanta corrupção
Tão fazendo da nação
Paraiso de bandidos
VI
Uma outra calamidade
O Poder Legislativo
Talvez seja o mais lesivo
Para a sociedade
É tanta promiscuidade
Mentira e corrupção
Ali a esculhambação
Chegou a nível inaudito
Parece pré-requisito
Pra se ganhar eleição
VII
Até mesmo a Fazenda
Já está contaminada
Porque foi aparelhada
E é alvo de contenda
Virou um balcão de venda
Do governo de plantão
Perdeu a sua isenção
Pra punir sonegadores
Que são financiadores
De campanha em eleição
VIII
Vivemos preocupados
Com nossos dados fiscais
Pois nos dias atuais
Os sigilos são quebrados
Pra serem negociados
Ou para fazer chantagem
Denegrindo a imagem
Dessa instituição
Pondo o cofre da nação
No meio da pilantragem
IX
Um dia no calendário
Pra me homenagear
E depois se apropriar
Do meu mirrado salário
É achar que sou otário
Digo com sinceridade
Prefiro honestidade
Com os impostos que pago
Eu dispenso tal afago
Pois pra mim é falsidade
Edmilton Torres
Abaixo interação do poeta Tiago Duarte que muito me lisonjeou. Obrigado Tiago pela participação.
Um cordel bem construído
Merece nossos aplausos
Não foi feito por acaso
O autor tá instruído
Eu estou desiludido
Acho que não tem mais jeito
E a gente tem o direito
De falar, se revoltar
Até deixar de votar
Isto já no próximo pleito
Tiago Duarte
I
A Receita Federal
Criou com certo requinte
Para o contribuinte
Um dia especial
Um simbolismo formal
Que nem dá pra entender
Pois o normal é se ver
Descaso com o cliente
Como se não fosse a gente
A sua razão de ser
II
O tal dia escolhido
Foi vinte e cinco de maio
Não sei se brindo ou se vaio
Fico alegre ou ofendido
Porém não fico iludido
Com essa tapeação
Pois as garras do leão
Continuam afiadas
Estão sempre preparadas
Pra pegar o cidadão
III
Pagar imposto ao fisco
É dever do cidadão
Quem busca a sonegação
Incorre em sério risco
Pois o fiscal é arisco
E não se deixa enganar
Todos temos que pagar
Pra nascer, viver, morrer
Só não dá para saber
Onde a grana vai parar
IV
O Governo Federal
Não cumpre o seu dever
De ao cidadão prover
Boa escola e hospital
E a segurança legal
Pra poder viver em paz
Não é mesmo nem capaz
De prover a moradia
Muitos recursos desvia
Em toda obra que faz
V
Governos estaduais
E também as prefeituras
Fazem as mesmas loucuras
E ninguém os pune mais
Pois até os tribunais
Também estão corrompidos
Estamos desiludidos
Com tanta corrupção
Tão fazendo da nação
Paraiso de bandidos
VI
Uma outra calamidade
O Poder Legislativo
Talvez seja o mais lesivo
Para a sociedade
É tanta promiscuidade
Mentira e corrupção
Ali a esculhambação
Chegou a nível inaudito
Parece pré-requisito
Pra se ganhar eleição
VII
Até mesmo a Fazenda
Já está contaminada
Porque foi aparelhada
E é alvo de contenda
Virou um balcão de venda
Do governo de plantão
Perdeu a sua isenção
Pra punir sonegadores
Que são financiadores
De campanha em eleição
VIII
Vivemos preocupados
Com nossos dados fiscais
Pois nos dias atuais
Os sigilos são quebrados
Pra serem negociados
Ou para fazer chantagem
Denegrindo a imagem
Dessa instituição
Pondo o cofre da nação
No meio da pilantragem
IX
Um dia no calendário
Pra me homenagear
E depois se apropriar
Do meu mirrado salário
É achar que sou otário
Digo com sinceridade
Prefiro honestidade
Com os impostos que pago
Eu dispenso tal afago
Pois pra mim é falsidade
Edmilton Torres
Abaixo interação do poeta Tiago Duarte que muito me lisonjeou. Obrigado Tiago pela participação.
Um cordel bem construído
Merece nossos aplausos
Não foi feito por acaso
O autor tá instruído
Eu estou desiludido
Acho que não tem mais jeito
E a gente tem o direito
De falar, se revoltar
Até deixar de votar
Isto já no próximo pleito
Tiago Duarte