PRIMEIRO DE MAIO
Olá amigos da poesia, quero aqui nesse primeiro de maio, prestar minhas homenagens a os trabalhadores, eu que morei em São Bernardo do Campo, berço da indústria no Brasil, aglomerado de assalariados, uma categoria bem conhecida de todos (os metalúrgicos do ABC) muito bem organizada por sinal, em 1979 eu era metalúrgico em SBC, o Lula era o presidente do nosso sindicato, ouve ali muito conflito entre capital e trabalho, mas vinte anos depois ele era presidente da republica. Com luta organizada fizemos um operário chegar ao mais alto posto, e o Brasil se ainda não é o País que queremos muita coisa já mudou, de La pra cá.
****************************************************
Dedico especialmente ao Luiz de Divino meu cunhado, pois foi ele e a Ritinha que me acolheram.
**************************************************
ABC da Historia. Do sertão nordestino a SBC. SP- reeditado.
Nordestinos como eu
Nascidos nesse recanto
Rezamos pedindo chuva
Roubamos imagem de santo
Partimos para São Paulo
Vendo a família em pranto
São Bernardo acolhedora
Abraçou a nós também
Como coração de mãe
Não repudiou ninguém
Testemunhas da história
Luta por um Brasil bem
De consolo recebemos
Bom emprego boa renda
Não é bom perder raízes
Que na vida a gente aprenda
Precisa que o tempo passe
Para que se compreenda
Vimos nascer comissão
CUT e PT também
Fomos cipeiros de fabrica
Sonhamos em ser alguém
Os anônimos da história
Que nem personagem tem
Convivemos bem pertinho
Com o Lula operário
Brigamos para ter direitos
E para melhorar salário
Apanhamos da policia
De um governo autoritário
Tivemos medo confesso
Nosso líder foi levado
Vimos nosso sindicato
Quando foi interditado
E tudo que dava acesso
Por o exército cercado
Plantamos ali a semente
Por o Brasil se espalhou
E vinte anos depois
O povo lhe consagrou
Dirigindo essa nação
Por oito anos ficou
Por ser homem destemido
Todo problema ele encara
Sua estrela é radiante
E de brilhar nunca para
Com um aperto de mão
Diz Obama esse é o cara
Diminuiu diferenças
Pobre não ficou nenhum
O brasileiro dos séculos
Vinte e o vinte e um
Sem medo de ser feliz
Coração bate tum tum.