Algumas Travessuras Quando Criança
Quando eu era pivete,
Muitas coisas aprontei,
Pintei bastante o sete,
A perna do oito, puxei,
Eu era muito sapeca,
Também levado da breca,
Não sei como escapei.
Num pé de coco subia,
Não importava a altura,
Caí de um, certo dia,
Porém Jesus me segura,
Pois não tive nem sequelas,
Não fosse sua mão singela,
Estava na sepultura.
Um enorme açude, cheio,
Inventei de atravessar,
Eu cansei mesmo no meio,
Até pensei em voltar,
Mas nada adiantava,
Com um irmão, eu nadava,
Não cheguei a afundar.
Inventei de enfrentar,
Uma forte correnteza,
A água quis me levar,
Aí eu tive a certeza,
Que quando vermos que não dá,
Nós não podemos teimar,
Com o poder da natureza.
Eu não encontrei moleza,
Ao sair para caçar,
Devido a minha destreza,
Eu cheguei a me safar,
Surge uma onça pintada,
E a minha espingarda,
Não chegou a disparar.
Pulou pra me atacar,
Porém dela me livrei,
Quis de novo me pegar,
Novamente me safei,
Pulou de novo em mim,
Mas nesta hora, enfim,
Uma gravata lhe dei.
No caso da onça, porém,
Isso não aconteceu,
Pois até hoje ninguém,
Em onça, gravata deu,
Foi um sonho que eu tive,
E no sonho, inclusive,
Da gravata, ela morreu.