SOU MUITO MAIS MEU NORDESTE
Meu desculpe, Seu Galego
Caso eu não nasci no sul
Nem fui lá atrás d’emprego
E nem quis ter olho azul
Mas é que no meu terreiro
Sinto um gosto brasileiro
Com tanta das vitaminas
Que nunca, num só instante
Cogitei ser retirante
Das fronteiras nordestinas
Sou muito mais ser daqui
Muito mais que ser de lá
Sou mais o meu tambaqui
Sou muito mais meu preá
E nem me venha com dó
Toco em FÁ o meu forró
Sou muito mais meu xerém
Mato a pau, bebo o veneno
E não me sinto pequeno
Do lado de seu ninguém!
Jessé Costa.
Belo Jardim, 11/04/2012.