Voar é preciso

Domingo acordei pensando

Quando é que cai o pano desse povo sem fundo

Que vive nesse mundo, separando as letras do amor.

Se a letra avalia pelo texto, o amor usa a via exclusiva do contexto.

Não seria esse um bom pretexto, para aliviar a nossa dor?

Longe de ser um Cidadão e perto de querer, agora na solidão, vida exclusa de latinha na mão, adormeço no papelão.

Acordo imaginando, o dia que a Cultura vai andar passeando de mãos dadas com uma arte, que motiva a liberdade, que resgata a identidade e desmascara a face da hipocrisia de uma irmandade, que insiste em plena contemporaneidade reafirmar suas maldades.

No meio do caminho tem gente fazendo arte, tem gente fazendo arte no meio do nosso caminho.