Meu Rio Severino
São tantas as lembranças
E não se pode esquecer
Doce, calma, aconchegante,
Eras lindo como que...
Eras pra mim, um menino,
OH! Meu rio Severino.
Que saudades de você!
Correndo pela vereda,
Pra bem depressa chegar.
E pular em tuas águas,
E começar a nadar,
Para subir e descer.
E nas águas me esconder
Num mergulho singular.
E eu subia e descia.
Ligeira na correnteza
Embaixo daquelas árvores
Ouvia a delicadeza
Do canto dos passarinhos
Que voavam em seus ninhos
Ali, havia realeza!
E eu gostava demais
De na areia ficar
Com as pernas dentro d'água.
Ficava ali a olhar...
Com as piabas brincava
Por longo tempo ficava
Nesse aconchego sem par.
Ó rio da minha vida!
Que saudades de você!
Da calma de tuas águas,
Impossível esquecer.
As minhas manhãs fagueiras
De minha infância matreira,
Tu eras meu bem querer...
*****Eunice Andrade******