Eu gosto de ser vaqueiro
De corrida de mourão
Gosto da vida de gado
De um cavalo alazão
Andar pelos tabuleiros
Atrás de bois mandingueiros
Nas quebradas do sertão.
 
Nas festas de vaquejadas
Namoro moça bonita
Solto um aboio de gado
A vaqueirama se agita
Nesse mundo altaneiro
Meu prazer é ser vaqueiro
Que vaqueiro é um artista.
 
O meu pai era vaqueiro
Morreu deixou a herança
Um cavalo de mourão
Um retrato por lembrança
Foi vaqueiro de menino
E eu trago esse destino
Desde o tempo de criança.
 
Mamãe já está velhinha
Mais gosta de recordar
Diz ela meu filho amado
Não deixe o tempo apagar
Conserve essas culturas
Que seu pai La nas alturas
Esta sempre a lhe guiar.
 
O gibão dele eu guardo
As esporas e o chapéu
Sua corda de laçar
Tudo como um troféu
E conservo a poesia
Pra ele sentir alegria
Lá na fazenda do céu.
 
Termino aqui esses versos
Dedicados a meu pai
E para todos vaqueiros
Que aqui não existem mais
E para os que aqui estão
Meu pedido de atenção
Não maltratem os animais.

Geraldinho
Enviado por Geraldinho em 22/03/2012
Reeditado em 05/07/2013
Código do texto: T3568455
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