* O cavalo descontente *
Era uma vez um cavalo, que em pleno inverno,
Desejava o regresso da primavera,
Só pensava em descansar.
E vivia para essa espera.
Com saudade da erva seca, que nessa época nascia
Lembrava com muita alegria
Ao comer a palha seca que lhe dera.
A primavera chegou, ele teve sua erva fresca.
Mas começou a trabalhar bastante
Por que era época de colheita.
E ele vivia ofegante.
- Dizia: - Tomara que chegue o verão!
Eu não agüento mais não,
Este trabalho estressante.
Chegou o verão...
Mas o trabalho aumentou
E ainda veio acompanhado
De um enorme calor.
Pela chegada do outono ele ansiava,
Pensando que se livrava
Do trabalho e do calor.
Mas no outono, teve que carregar lenha.
Para que seu dono estivesse preparado,
Para enfrentar o inverno.
Com seu material encostado.
E o cavalo não parava de queixar-se e de sofrer.
Como é que eu vou viver!
Se já estou me sentindo cansado!
Quando o inverno chegou novamente,
E ele pode finalmente descansar.
Compreendeu que tinha sido,
Fantasioso pensar.
Fugir do momento presente.
E refugiar-se no futuro ausente.
Não é a melhor forma da realidade encarar.
É melhor descobrir o que a vida tem de bom,
Momento a momento.
Da melhor forma possível,
Vivendo o presente no seu tempo.
Seguindo a vontade de Deus
E os ensinamentos seus
Deixando um bom exemplo.
Caso queiramos, sempre podemos...
Encontrar motivos para ficarmos descontentes.
Podemos também encontrar argumentos,
Para nos considerarmos afortunadamente.
Tudo depende, da coordenação da nossa existência
E exercer com competência
O que for mais adequadamente.