o anjo Osvaldo e a virgem do Nilo




O anjo Osvaldo e a vestal do Nilo


Ah!Que o pobre,já não mais voava,andava torto
Posto que suas negras asas rotas,em desarranjo
Corpo esquálido,pálido,alquebrado,parecia morto
Parecia um velho morcego cansado e ,não,um anjo
Pois,estava o anjo Osvaldo no meu sótão a dormir
Quando estranho fato que ,agora,narro,sucedeu,então


Robustecido,batendo as asas,alegre,fazendo vento
Chegara de viagem ,as margens calmas do rio Nilo
Seu coração, arroubo juvenil , parou num momento
Deveras,o anjo Osvaldo,maravilhava-se ao ver aquilo
Formosa vestal,virgem,dançava com suave movimento!
Mostrava a glabra parte pudenda, através do fino tecido

Os seios,alvas pombas flutuavam ao sabor leve da pavana
E,sua boca,vermelha,em forma de lua,repleta de estrelas...
Confesso,que nunca vi,meu amigo anjo tão feliz,feito criança
Tentei,num delicado toque,acordá-lo,mas,surgiriam querelas!
Deixei,então,que o velho casmurro,assim, vivesse o lindo sonho
Súbito,ouvia pequenos gemidos ,sussurros,situação de agonia!

Meus amigos de narração,atentem com atenção,o que,agora conto!
O anjo Osvaldo sobre as vestes,eliminava uréia com a pura fantasia
Deitava sumos angelicais,ao beijar a virgem do Nilo,meigo encanto!
De sua face,surgiu,pouco a pouco,bem lentamente,um discreto sorriso
Rejuvenescera o anjo,quase tornando-se querubim envolto em manto
E sob astros fulgurantes,estrelas ,meu sótão ,para ele,virou um paraíso!