A MÁQUINA DE LAVAR
O caso é engraçado
De fácil composição
Contado por uma amiga
Colega de profissão
Cujo registro merece
A nova conotação
Vivido por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Viajar para São Paulo
Em férias com o maridão
Levaria na bagagem
Também o filho João
Em visita a parentalha
Era a grande decisão
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Depois de muito passeio
E grande celebração
De hospedagem gratuita
Na casa de um irmão
Eis a hora de ajudar
Surgiu a ocasião
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Antes de ir trabalhar
Assim disse o rapagão
- Um cesto de roupa suja
Escondido no porão,
Você faz a gentileza?
Expôs a situação
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Um pedido como aquele
Não receberia um não
Lavaria com prazer
Alegria e sabão
Ele disse: - Use a máquina.
Causando apreensão
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
A máquina estava ali
À espera da ação
A mulher admirada:
- Nunca vi tanto botão!
- E agora o que eu faço?
Surgiu a indecisão
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Apertou um vermelhinho
Saiu água de montão
Ela colocou a roupa
E também muito sabão
A bermuda do marido
Sobrava satisfação
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
O aparelho girou
Fazendo um barulhão
- Será que ele quebrou?
Perguntava em aflição
Mas depois veio o silêncio
Fruto da programaçao
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Em seguida acelerou
Era a centrifugação
- As roupas estão sumindo!
Questionava o maridão
- E minha bermuda nova?!
Veja a consternação
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Terminada a lavagem
Depois de tal confusão
A mulher viu que a roupa
Não tinha sumido não
- Elas estavam secando!
Disse com admiração
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
Quando tudo se acalmou
Ela contou ao irmão
Dos apuros que passou
Frente à situação
Muitas risadas marcaram
Aquela agitação
Vivida por Valdetina
Lá bem longe do sertão.
16\03\2012