INCELENÇA PARA OS HERÓIS DE CANUDOS

Abram alas para os versos

De oito pés em quadrão

Que vão falar de guerreiros

Das quebradas do sertão

Dos tempos de Conselheiro

Padre Cícero Romão

Corisco e Dadá Maria

E uma grande legião

Dos mártires de Canudos

Que unidos na trajetória

De lutarem contra a lei

E o poder da palmatória

Mas ficaram esquecidos

Nos capítulos da história

Nestes versos entrarão

Para sempre na memória

Esta tropa de valentes

Sem comando e sem corneta

Sem bandeira ou estandarte

Chumbo grosso e escopeta

Levantava com orgulho

Bacamarte de espoleta

E a cabeça do inimigo

Na ponta da baioneta

Meus versos são verdadeiros

Não canto pra enganar

As rimas do meu poema

Tem sangue deste lugar

No ponteio da viola

Digo pra quem escutar

Que a alça da minha mira

Veio para justiçar

Se você é de outra laia

Não pertence a minha gente

Não concorda com meu canto

Nem meus versos no repente

Saiba que está muito perto

Numa reação latente

De sentir meu aço frio

Furando teu corpo quente

JotaCF
Enviado por JotaCF em 15/03/2012
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