Algum você conhece
Os sem noção, os ridículos
Nem sempre sabem que o são
Uns talvez, com sacrifício
Às vezes sim, às vezes não
Não se importam com o suplício
De estarem na contramão
Os sem generosidade
É que tem tino bisonho
O viés humanitário
Não entendem nem em sonho
Só vêem necessidade
De aumentar seu patrimônio
Os irados, geniosos,
Autoritários, guerreiros,
São donos do seu terreiro
Partem pra briga à toa
Se enfrentarem oposição
Saem no tapa numa boa
O vaselina, ao contrário,
Só come pelas beiradas
Vai convencendo as meninas
Do patrão à empregada
Quando agente se dá conta
A rede já esta jogada
Nesse mesmo seguimento
Aparece o come quieto
Um cara sem argumento
E sem cara de esperto
Que toma as minas que a gente
Já considerava certo
Mas os tipos são diversos
O sovina, o miserável
Tem os que só tomam um banho
Quando o rio é navegável
Dentro de barco furado
Por ser irremediável
Os ranzinzas, os sisudos,
Esses se enfezam com tudo
Quando se insiste com eles
Isolam-se e ficam mudos
Quando você se aproxima
Ele levanta um escudo
Os grudentos são o bicho
Quando colam em alguém
Entram na vida privada
Aparecendo do além
Você vai pro fim do mundo
Mas encontra-o também
O pedinte é uma mala
É aquele que quer seus bens
Leva coisas emprestadas
E nem namorada tem
Se você não se ligar
Ele pede a sua também
Tem os cabeças-de-vento
Desleixados, distraídos
Que esquecem seus pertences
Nos caminhos percorridos
Vai tropeçando na gente
E ás vezes é perigo
São muitos os tipos de amigos
Que encontramos pela vida
Essa foi só uma mostra
Apenas um aperitivo
Se você se viu aqui
Ou viu alguém que conhece
Preste atenção meu amigo
Se não você se aborrece