GALOPE A BEIRA MAR (Edmilson Garcia & Moreira de Acopiara)

Galope a Beira Mar

Edmilson Garcia & Moreira de Acopiara

Edmilson Garcia:

Saí do sertão ainda menino

Me embrenhei na vida sem medo de nada

Sem olhar pra traz peguei a estrada

Com a cara e a coragem de um bom nordestino

Olhei bem pra frente e mirei o destino

Disse pra mim mesmo: eu não posso errar

Pra acertar no alvo tive que treinar

Na escola do mundo onde a vida ensina

Hoje é só vitória com a força Divina

Nos dez de galope na beira do mar

Moreira de Acopiara:

Minha poesia é bem nordestina

Os velhos matutos são meus professores

Detesto a arrogância de falsos doutores

Respeito a humildade e a coisa divina

Você é um poeta que muito me ensina

E é feliz aquele que pode ensinar

Eu vivo aprendendo em todo lugar

Mantendo a cabeça sempre levantada

MA:

Só tenho dinheiro pra comprar um pão

Um quilo de carne e um litro de leite

Mas, caro poeta, por favor, se ajeite

Procure outros ares, mude a direção

Sua pabulagem não há condição

De um homem sensato poder escutar

Estude a gramática pra se reciclar

Porque senão finda entrando no cano

Posto de escanteio, por detrás do pano

Nos dez de galope na beira do mar

EG:

Com um litro de mel salguei o oceano

Com um saco de sal adocei o mundo

Sonhei acordado num sono profundo

Vivi quatro séculos em menos de um ano

Voltei sem ter ido ao Vaticano

Visitei o Papa pelo celular

Já fiz um discurso sem nada falar

Expulsei Obama do seu gabinete

Troquei sua cadeira por um tamborete

Nos dez de galope na beira do mar

MA:

Você se atrapalha! Esconda o porrete

Mesure as palavras, pondere os sentidos

Senão seus poemas morrerão retidos

Em gavetas sujas de algum gabinete

Repense, repouse, deguste um sorvete

Que a sua cabeça vai se refrescar

Procure uma rede pra se balançar

Que o corpo agradece e a alma se evola

A mente viaja e você decola

Nos dez de galope na beira do mar

EG:

Levo a minha vida tocando viola

Cantando repente, narrando cordel

Longe do inferno, pertinho do céu

Trazendo a poesia dentro da cachola

Me tornei doutor sem ir à escola

O meu verso é feito pra o mundo escutar

Sou bem recebido em qualquer lugar

Já dei muitas voltas por esse mundão

Mas nunca pisei em falso no chão

Nos dez de galope na beira do mar

MA:

Você é poeta, nasceu no sertão

Da mesma maneira que eu também nasci

A nossa peleja tem fim por aqui

Abraço o colega com toda atenção

Seus versos medidos e rimados são

Orações que a gente precisa escutar

Se peguei pesado queira perdoar

A nossa peleja só trouxe alegria

O mundo precisa de mais poesia

Nos dez de galope na beira do mar

MA:

Só tenho dinheiro pra comprar um pão

Um quilo de carne e um litro de leite

Mas, caro poeta, por favor, se ajeite

Procure outros ares, mude a direção

Sua pabulagem não há condição

De um homem sensato poder escutar

Estude a gramática pra se reciclar

Porque senão finda entrando no cano

Posto de escanteio, por detrás do pano

Nos dez de galope na beira do mar

EG:

Com um litro de mel salguei o oceano

Com um saco de sal adocei o mundo

Sonhei acordado num sono profundo

Vivi quatro séculos em menos de um ano

Voltei sem ter ido ao Vaticano

Visitei o Papa pelo celular

Já fiz um discurso sem nada falar

Expulsei Obama do seu gabinete

Troquei sua cadeira por um tamborete

Nos dez de galope na beira do mar

MA:

Você se atrapalha! Esconda o porrete

Mesure as palavras, pondere os sentidos

Senão seus poemas morrerão retidos

Em gavetas sujas de algum gabinete

Repense, repouse, deguste um sorvete

Que a sua cabeça vai se refrescar

Procure uma rede pra se balançar

Que o corpo agradece e a alma se evola

A mente viaja e você decola

Nos dez de galope na beira do mar

EG:

Levo a minha vida tocando viola

Cantando repente, narrando cordel

Longe do inferno, pertinho do céu

Trazendo a poesia dentro da cachola

Me tornei doutor sem ir à escola

O meu verso é feito pra o mundo escutar

Sou bem recebido em qualquer lugar

Já dei muitas voltas por esse mundão

Mas nunca pisei em falso no chão

Nos dez de galope na beira do mar

MA:

Você é poeta, nasceu no sertão

Da mesma maneira que eu também nasci

A nossa peleja tem fim por aqui

Abraço o colega com toda atenção

Seus versos medidos e rimados são

Orações que a gente precisa escutar

Se peguei pesado queira perdoar

A nossa peleja só trouxe alegria

O mundo precisa de mais poesia

Nos dez de galope na beira do mar

EDI GARCIA e Moreira de Acopiara
Enviado por EDI GARCIA em 10/03/2012
Código do texto: T3546593