O finado apaixonado...

Entrei na alcova,

Faceira quis sonhar.

O mancebo despistou,

Sem pedir lincença,

Quis se aproveitar.

Na cama se deitou

E começou a chamegar...

Fiquei com medo

E exiji respeito.

Chorou, implorou

o amor de outrora.

Passava de zero hora,

O galo cantou,

Vá embora meu amor.

O passado findou!

Partiu na noite de São Pedro

Não amole me dê sossego.

Não lhe pertenço mais,

Vá e não olhe para trás.

Retira-te, Satanás.

Quero viver em paz!

Na sua morte,

Um rosário rezei.

Pra lhe aquietar,

Seu corpo enterrei.

Na sua sepultura,

Lágrimas derramei,

Viúva triste fiquei.

Noite de vigília,

O finado empacado,

teimoso como mula,

Grita, só saiu carregado...

Chamei o delegado,

Sussurrou assustado,

Isso é coisa do diabo.

Que calvário!

Chamei um padre,

Exorcizou o finado.

Beijou meu corpo,

O padre ficou danado

Belo como um deus.

Apaixonei-me outra vez!

Amigos é o meu primeiro cordel. Eita noite de lambança. (risos)

Tenho que tentar. Estou fazendo algumas mudanças...

Este defunto atrevido,

Volte para a sepultura,

Pois insolente criatura,

Já não pertences a mim,

Morrera a muito tempo,

Já decretei o teu fim.

Quando vivo me esnobou,

Namorou feio maluco,

Agora curta sua dor,

Se mantenha no sepulcro,

Tua vida foi um horror,

Esqueça o devido lucro.

Mestre Miguel Jacó.

Obrigada pela linda interação. Beijos.

Ai que medo me deu

Uma vela já acendi

Para aquele que morreu

Da assombração me escondi

Não quero saber de defunto

Vou até mudar de assunto...

Poetisa Marcela Re Ribeiro

Obrigada querida amiga.

Nunca ouvi falar

De defunto apaixonado

É preciso exorcizar

Esse cara assanhado

Não dá mole pra ele não

O tempo dele passou

Não deixa passar a mão

Sabe se lá onde ele coçou.

Poetisa Conceição Gomes

Obrigada querida amiga

magda crovador
Enviado por magda crovador em 09/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
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