INSEGURA

Não entendo tanto medo

Por que anda incompleta?

Parecendo uma criança

Ao andar de bicicleta

Deste jeito tu confundes

A cabeça do poeta

Nossa vida é repleta

De fartura e bonança

Quando cessa a cantoria

Continua a nossa dança

Mesmo assim você insiste

Em criar desconfiança

Será esta a herança

De quem vive um grande amor

Eu cultivo o respeito

Mas só colho dissabor

Relação só é saudável

Sem intromissão de dor

Muitas vezes faz calor

Outras vezes é outono

Sei que é minha senhora

Sabes que eu sou seu “dono”

Mas o medo faz pernoite

Perturbando o seu sono

Quem se senta no meu trono

É você, oh majestade

Tu és mais que realismo

É a minha divindade

Acredita no que digo

E findará a tempestade

Eu não faço caridade

Faço a minha obrigação

De ser o seu companheiro

Na calma ou no turbilhão

Abro as portas da alegria

Descarto perturbação

Mesmo assim este vulcão

De nome desconfiança

Com lavas incandescentes

Pela nossa terra avança

Destruindo nossos planos

Queimando minha esperança

Mas minha alma não se cansa

Mesmo quando a dor aperta

Até quando a insegurança

Com a sua alma flerta

Se mantém um combatente

Escoteiro sempre alerta

Sua mente sempre aberta

Num instante vira cova

Fica tão desmerecida

Igualzinho uma ova

Até mesmo noite escura

Ausente de lua nova

Ainda não fizeram trova

Que explicasse o sentimento

Se fizeram, foi embora

Com a rispidez do vento

Levou junto à resposta

Do final dum casamento

Eu que vivo este momento

Não sei o quanto vai durar

Me mantenho paciente

Preservando o meu lugar

Estarei sempre contigo

Sem dos seus braços soltar

Vamos juntos derrubar

A imponência deste muro

Serei sempre a luminária

Que te livra do escuro

Pra fugir da tempestade

Serei o porto seguro

Por você até aturo

Esta sua insegurança

Preparei o armamento

Com escudo e uma lança

Numa guerra vence o justo

Quem espera sempre alcança

P S ASSIS

Pietro Assis
Enviado por Pietro Assis em 03/03/2012
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