A prostituta de Campina
Nas andanças pelos bordéis muitos amores deixei,
umas esperando, outras esculhambando na espera do meu "cheguei". Como ninguém foge da sua sina, nos sertões que me fascinam, prostitutas eu larguei.
Na noite de São João, na bela Paraíba, em um cabaré de esquina, uma bela mulher desejei.
Vivemos um belo romance, e nesse mesmo instante, para o sul viajei.
Depois de alguns anos, uns quase quinze anos, daquela mulher eu lembrei.
Saí com minha intriga, passando nas avenidas, em uma praça sentei.
Vai passando uma mendiga, pedindo a quem via alguns “contos de réis”.
Puxei o dinheiro do bolso, coloquei duzentos reais no bojo, que indicava a mulher.
Ela olhou-me com espanto, indagou-me no instante o valor da ajuda infinda.
Sou aquele desgraçado, que te desejou no terraço, em um cabaré de Campina.