AS DORES DA TERRA
AS DORES DA TERRA
O homem diante do mundo, nas teias do universo,
Faz-se o senhor de tudo, num caminho retrocesso.
Consumo desenfreado, para atender a demanda
Desse trem descarrilado, onde o mais forte manda
A fadiga implementada, é o cifrão da economia
Quanto mais alimentada, fundamenta a ironia
É quando a terra respira, p’rá poder manter-se viva
A ferida expande tanto, com a poluição ativa
Os raios riscando o céu, no compasso das ofensas
O papel do homem na terra, é de dar o melhor de si
Enquanto o planeta doente, quer auto-reconstruir
A perspectiva humana é, de auto-destruir
Ao mirar atento o céu, a harmonia dos planetas
Em uma galáxia distante, nas lentes de uma luneta
Sentimos que o ser humano, não é o ápice do plano
Poeira estelar rodando, perdidos naquilo que somos
Pois, ao envenenar a água, também se envenena o chão
Com os olhos vertendo lágrimas, envenenamos o pão.
Somos todos responsáveis , pela saga que criamos
O câncer que abrimos na terra, em nome do egoísmo
Talvez seja a última ferida, do ventre onde geramos
Ainda há espaço e tempo, p’rá sairmos desse abismo
Somos todos nós artífice, da oficina do “achismo”
Somos desenho cósmico, num profano sem sofismo
Nessa nossa pequenez, de aventura irracional
Enquanto nossa loucura, na estupidez desse mal
Sentiremos toda a fúria, desse somo que está
De cócoras quase deitado, em estado terminal
Na evolução das espécies, dessa estrela cadente
O elástico chega ao limite, sumindo com nossa semente.