POÉTICA DO CORPO HUMANO

Trecho do Poema:

Pensando no nascimento

E na morte corporal

Deduzi por um momento

Que o plano celestial

Por nos ter desenvolvido

Tem em si constituido

Um Distrito Industrial.

O seu produto final

Não detém fins lucrativos

A escala é universal

Sem espelentes nocivos

Produzem corpos normais

Com predicados ativos.

Produz organismos vivos

Repletos de órgãos vitais

O coração, os pulmões

E outros componentes mais

Muito embora por engano

Produza algum ser humano

Com versões especiais.

No céu não se vê jamais

A matéria produzida

Só na terra é que ela traz

Sua forma definida

Tamanho, cor, formosura,

E o tempo que ela dura

Chamamos tempo de vida.

As formas são comprimidas

No processo inicial

E no decorrer das vidas

Ganham tamanho ideal

Mas o corpo não é tudo,

Nem sempre o seu conteúdo

Define o bem e o mal.

Não existe corpo igual

E nem o que nele existe

Quem vive nele afinal

É quem fica alegre ou triste

O corpo é só cobertura

Porém a essência pura

É dentro em nós que persiste.

Série Parceria - Vol. XII

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 12/02/2012
Código do texto: T3494150
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