A MULHER QUE TINHA O SOBRENOME DE PAU

Trecho do Cordel:

A mulher ao se casar

Tem o seu nome alterado

Com o nome do marido

No cartório registrado.

Que modificou-se esquecem,

Alguns até permanecem

Depois de divorciados.

Relato um fato passado

Baseado nesse tema

Quando a cabeça não pensa

O corpo vive o dilema

Quem faz pra se arrepender

Bom mesmo era não fazer

Pra não sofrer o problema.

Não é caso pra cinema

Pitágoras ou Galileu,

O que esses representam

O povo até já esqueceu.

O assunto é de hoje em dia

E através da poesia

Eu conto como se deu:

Esse fato aconteceu

No Distrito Federal

Começando com uma carta

Chegada no tribunal

Escrita e endereçada

Por uma mulher chamada

De MARIA JOSÉ PAU.

Seria bem natural

A mulher ter Pau no nome

Se não fosse o falatório

E críticas que a consome

Por esse incômodo infeliz

Foi que apelou ao juiz

Pra abolir seu sobrenome.

Dizia a carta em seu nome»

Taguatinga, dois de março,

Eu, Maria José Pau,

Já não sei mais o que faço

Estou vivendo em desatino,

Quando meu nome eu assino

Causa grande estardalhaço.

Vivo cheia de embaraço

Esse Pau já não aguento

Desde já eu antecipo

O meu agradecimento

A esse judiciário

Para o fim do meu calvário

Eu peço deferimento.»

Por inúmeras razões

Você deverá usá-lo

Pois no seio da família

Causará um grande abalo

Assim a tradição cai:

Tirar o Pau do seu pai

Poderá contrariá-lo.

Outro problema de estalo

Vou lhe mostrar como é:

Você só tem nome próprio

Assim ninguém leva fé

Sem o nome do final.

Se você tirar o Pau

Fica só Maria José.

Você tira se quiser

Mas isso não faz sentido

Volto a lembrar, se esse nome

Foi um dia adquirido

Todos vão ficar falando

Que você não está usando

Mais o Pau do seu marido.

Tudo fica resolvido

E sem muita estripulia

Se alterarmos a ordem

Aí se abreviaria:

Escreve P. se quiser,

Pau na frente de José

Porém atrás de Maria.

Por inúmeras razões

Você deverá usá-lo

Pois no seio da família

Causará um grande abalo

Assim a tradição cai:

Tirar o Pau do seu pai

Poderá contrariá-lo.

Outro problema de estalo

Vou lhe mostrar como é:

Você só tem nome próprio

Assim ninguém leva fé

Sem o nome do final.

Se você tirar o Pau

Fica só Maria José.

Você tira se quiser

Mas isso não faz sentido

Volto a lembrar, se esse nome

Foi um dia adquirido

Todos vão ficar falando

Que você não está usando

Mais o Pau do seu marido.

Tudo fica resolvido

E sem muita estripulia

Se alterarmos a ordem

Aí se abreviaria:

Escreve P. se quiser,

Pau na frente de José

Porém atrás de Maria.

Fazendo assim ficaria

O dilema resolvido

Sendo a senhora casada

É preconceito entendido

Só fiquei sabendo agora

Que há muito tempo a senhora

Usa o Pau do seu marido.

Usar o Pau escondido

Como abreviação

Pode ser fim do problema

Mas não é a solução

Pois fica público e notório

Que altera no cartório

Sua documentação.

Essa é a opinião

Dos serviços registrais

Que condena e abomina

Esses preconceitos tais

Se esse Pau do seu amado

Há tempos vem sendo usado

Pode usar um pouco mais.

Diante de fatos tais

Seu problema eu não aceito

A lei não é muito dura

Mas condena o preconceito

Eu costumo deferir

Tudo que vem por aqui

Mas seu caso não tem jeito.

Nome nunca foi defeito

Escute o que eu digo agora

Eu tenho Pinto no nome

Uso o Pinto toda hora

Se a senhora achar normal

Eu posso tirar o Pau

Boto o Pinto na senhora.

Mulher que se desarvora

Com o nome que ganhou

Não soube escolher direito

O homem com quem casou

Estou dizendo o que sinto,

No meu caso, eu tenho Pinto

Mas nunca me envergonhou.

A minha mulher gostou

Casou-se ainda donzela

Seu pai assina da Silva

A sua mãe é Portela

Quando comigo se uniu

O nome da mãe caiu

E eu botei o Pinto nela.

Depois ficou Maristela

Portela da Silva Pinto

Minha filha é Artemísia

O meu filho é Jacinto

Todos têm meu sobrenome

E se orgulham do meu nome,

Estou dizendo o que sinto.

Nome nunca foi defeito

Escute o que eu digo agora

Eu tenho Pinto no nome

Uso o Pinto toda hora

Se a senhora achar normal

Eu posso tirar o Pau

Boto o Pinto na senhora.

Mulher que se desarvora

Com o nome que ganhou

Não soube escolher direito

O homem com quem casou

Estou dizendo o que sinto,

No meu caso, eu tenho Pinto

Mas nunca me envergonhou.

A minha mulher gostou

Casou-se ainda donzela

Seu pai assina da Silva

A sua mãe é Portela

Quando comigo se uniu

O nome da mãe caiu

E eu botei o Pinto nela.

Depois ficou Maristela

Portela da Silva Pinto

Minha filha é Artemísia

O meu filho é Jacinto

Todos têm meu sobrenome

E se orgulham do meu nome,

Estou dizendo o que sinto.

Saia desse labirinto

Pois isso não faz sentido

Só deixa contrariado

O pobre do seu marido

Deus nos dá a alegria

De ter uma companhia,

Pra isso se é nascido.

Esse Pau do seu marido

Ele ostenta com nobreza

Pois é nome de família

Herdado da realeza

Só lhe deu fama e renome

Porque ter um sobrenome

Faz parte da natureza.

Os seus filhos com certeza

Também devem usar o Pau

Seja menino ou menina

E acham isso normal

Extenso ou abreviado

O nome está registrado

E a eles não fazem mal.

Portanto senhora Pau,

O inquérito concluído

Lhe aconselha, como esposa,

Use o Pau do seu marido.

A história aqui termina

Pinto Soares assina

O caso tá indeferido».

Os teus lábios molhados

Nos meus vêem pousar

Parecem pétalas de rosas

Borboletas a esvoaçar

Os teus seios contra o meu peito

Fazem o meu coração tremer

Sinto o odor do teu corpo

Invadir todo o meu ser

Agarro-te pela cintura

Puxando-te mais para mim

Sinto o fogo me queimar

Neste desejo de ti

És a chama do prazer

Um desejo incontrolável

Sinto a minha pele a vibrar

Sempre que estou ao teu lado

Nesta cama de flores

Onde estas toda nua

Eu sou o beija-flor

Tu, o mel do amor

A vida é um risco, eu arrisco.

A vida é um caminhar

no desconhecido,

eu faço a caminhada.

A vida é uma caixa de surpresas,

eu abro a caixa.

A vida é doce e amarga,

eu saboreio ambos.

A vida é feita de sonhos,

eu vivo os meus.

A vida é amor, eu amo.

A vida é paixão,

eu vivo apaixonada.

A vida é única,

eu vivo a minha.

A vida são momentos,

eu vivo cada momento.

A vida tem prazo de validade,

eu vivo dentro da minha validade.

A vida é viver o desconhecer,

sem ensaios e sem rede

para nos segurar,

eu vivo a total sem querer saber

se é da forma certa

que a estou a viver.

A vida é o bem mais precioso

que cada um de nós tem,

só nós a podemos viver, sem passar

esse direito a ninguém.

AMOR ETERNO

Sinto punhais espetados

quando choras, meu adorado.

Sinto o sangue a escorrer

quando te sinto entristecer.

Sinto o coração apertado

na impotência do nada puder fazer

para te ver sempre feliz.

É uma dor interior

que nada consegue apaziguar

quando te sinto infeliz.

Se por tanto te amar sou pecadora

irei sempre pecar

porque o meu amor por ti

nunca irá mudar.

O meu amor por ti tem o cunho

da eternidade nele gravado,

que nada, nem ninguém,

conseguirá apagar

meu tesouro mais amado.

As coisas que eu sei.

Eu sei que vou te amar

mesmo depois que

os meus olhos se fecharem.

Sei que será a tua imagem

que irá no meu olhar

quando o brilho deles se apagar.

Eu sei que será a tua voz

que irá na minha audição

quando se desligar o meu coração.

Eu sei que será o todo

de ti que irá em mim

quando chegar o meu fim.

E sei, porque sei,

aconteça o que acontecer

nas voltas do meu ser,

que serás tu que irás

nos meus braços caídos

na prisão de todos

os meus sentidos.

E sei, porque sei,

como sou eu sei,

e posso saber,

que ninguém mudará

a minha condição de ser,

e serás tu que levarei no

todo de mim

quando chegar o meu fim.

Porque...

Eu sei que vou te amar

mesmo depois

que os meus olhos se fecharem.

(...nas reticências de mim...

sei até que Deus sabia

o que fazia quando te trouxe

para a minha companhia...

como te amo só Deus sabe

mesmo quando ainda

não te tinha e conhecia...)

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 11/02/2012
Reeditado em 02/08/2014
Código do texto: T3493901
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