DESVIANDO A ROTA
E foi moldado do barro
“Homem de carne e osso”
Se fez um pássaro raro
Na mão trazia o tesouro
Para Deus foi o mais caro
Pois só o ofertou louros.
Recebeu o paraíso
Um mundo sem ilusão
Só tinha um compromisso
Não cair em tentação
Porém perdeu o juízo
Pecou por Eva, Adão.
Provou o fruto proibido
O pecado original
Pois o era coibido
O dito prazer carnal
Assim aguçou a libido
Se tornando um mortal.
E foi do Éden expulso
Na própria sorte regido
Quem amarra seus pulsos
Não limita o perigo
Segue sem rota o curso
Rio para sempre ferido.
O ser humano se envolve
Na arena da tragédia
O universo devolve
Tudo que a ele se oferta
Quem não controla a rédea
Perde para sempre a meta.
JP09092011