DESVIANDO A ROTA

E foi moldado do barro

“Homem de carne e osso”

Se fez um pássaro raro

Na mão trazia o tesouro

Para Deus foi o mais caro

Pois só o ofertou louros.

Recebeu o paraíso

Um mundo sem ilusão

Só tinha um compromisso

Não cair em tentação

Porém perdeu o juízo

Pecou por Eva, Adão.

Provou o fruto proibido

O pecado original

Pois o era coibido

O dito prazer carnal

Assim aguçou a libido

Se tornando um mortal.

E foi do Éden expulso

Na própria sorte regido

Quem amarra seus pulsos

Não limita o perigo

Segue sem rota o curso

Rio para sempre ferido.

O ser humano se envolve

Na arena da tragédia

O universo devolve

Tudo que a ele se oferta

Quem não controla a rédea

Perde para sempre a meta.

JP09092011

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 09/02/2012
Código do texto: T3490034
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