ENTREI NO VAGÃO DE UM TREM

MARTELO AGALOPADO

Na hora de pedir os votos,

Fazem bonitos discursos,

Mais ao longo do percurso,

Deste mandato outorgado,

Se esquecem de quase tudo,

Fingem-se de surdo e mudos,

Tiram o sossego da gente,

Mas a mim eles cutucam

Bando de filhos das putas,

Que nunca foram descentes.

Como é doce a inocência,

Nos conduz aos devaneios,

Mais depois vem o recreio

Do longo período indolor,

Então chegam os dissabores,

Acompanhado de tormentas,

As coisas que a gente inventa,

Não mais resulta em alegrias,

Buscamos em vãs filosofias,

Emoções que sacramentam.

Se eu mereço ainda não sei,

Deus a mim concebe a graça,

Para eu continuar vivendo,

Muito honesto sem trapaças,

Trilhando a estreita retidão,

Que bane a ingrata maldição,

Limpando da vida as farsas,

Eu tenho a certeza concreta,

Que ao agirmos sempre certo,

Só as coisas boas deságuam.

Se você me der eu quero,

Mais não traga alegações,

Não sou homem de mistérios,

Nem chegado a confusões,

Quando te pões revoltada,

Tens um costume tão cruel,

Me dizer que não foi nada,

Tudo que te levou aos céus,

Sendo assim ficas dominada

Saibas que a ti, eu sou fiel.

Entrei no vagão de um trem,

Para saber do meu destino,

Pois algo já desde menino,

Vem me fazendo desdenho,

És que uma sensata Gueixa,

Disse qual são suas queixas,

Pois já me afligem também,

Vamos juntar duas bagagens,

E prosseguir nossas viagens,

Sem ligar mais para ninguém.

Hoje o luar está invisível,

Seu amor logo ausentou-se,

As coisas foram previsíveis,

Mas você não preparou-se,

Se o existir tem destes ossos,

Nada mais é, como se fosse,

E as alegrias tão passageiras,

É como se fossem um doce,

Pro amargo da vida inteira,

Que cava na gente um poço.

Numa briga de dois calangos,

Rolou uns atos desonestos,

Foi um ao outro desonrando,

E provocando vil protestos,

Comendo o rabo um do outro,

Gesto que a muito não faziam,

Dotados por tal desrespeito,

Não se orgulham deste feito,

Hoje são tristes em demasia,

E a ignorância, os aliciam.

(Miguel Jacó)

08/02/2012 17:22 - Fernando Alberto Couto

O trem da vida trafega lotado,

mas espero estar nesse vagão,

buscando sonhos como os seus

e com destino à mesma cidade,

pois, infelizmente tens razão.

Este mundo possui muitos ateus

que só almejam ter suas fortunas,

ignorando os mais necessitados,

aos quais nem querem conhecer.

Mas na épocas mais oportunas,

procuram deixar ludibriados,

para, conseguirem se eleger.

Mas quem só vive para poesia,

mantém toda sua dignidade,

passando longe da hipocrisia,

desembarcando da felicidade.

Para o texto: ENTREI NO VAGÃO DE UM TREM (T3477390)

Muito obrigado Fernando Couto por esta eximia interação, aos meus

pacatos versos, MJ.

11/02/2012 17:10 - Hull de La Fuente

Olá, poeta!

Eu embarquei nesse trem

e fiquei muito contente,

pois num vagão mais além

tu estavas sorridente.

Foi ali que me sentei,

e teu cordel então li,

com notícias que gostei,

amigo, me diverti.

Teu cordel é um jornal

com notícias pertinentes,

é o teu jeito especial

de falar com toda gente.

Segura, e o trem nos trilhos

ao teu lado viajei,

vi de perto o teu brilho,

amigo me orgulhei.

Confesso fiquei com pena

dos calangos canibais,

cuja atitude pequena

é apagada dos anais.

Seriam dois deputados?

Ou dois gordos senadores?

Os calangos descarados

que roubam dos eleitores.

Caro poeta, é sempre com muita alegria que venho aqui ler seus textos bonitos e divertidos. Um grande abraço,

Para o texto: ENTREI NO VAGÃO DE UM TREM (T3477390)

Muito obrigado nobre poetiza Hull, por esta eximia interação, aos meus pacatos versos.