A FLOR DO MARACUJÁ – versão caipira
A FLOR DO MARACUJÁ – versão caipira
Em homenagem a Catulo Paixão Cearense - De José João Bosco Pereira,
Para Sebastião Pereira (in memóriam).
Maracujá já foi branco!
Eu posso inté lhe aurá.
Mais alvo qui a garça,
Mais brando do que o lua!
Quando a flor amanhecia
Lá pros cunfim do sertão,
Maracujá parecia
Um ninho de argodão.
Nosso sinhô Jesuis
Foi condenado a morrer
Numa grandi cruis
Longe daqui como o quê
Pregaro Cristo a martelo,
E ao vê tanta crueza
O carpinteiro leva o madeiro
A natureza chora di tristeza
O sangue de Jesus Cristo
Sangui pisado de dô
Nus pé du maracujá
Tingia todas as flor
Eis aqui seu moço
A estoria que eu vi contá
A razão proque nasce roxa
A flor do maracujá.