A FLOR DO MARACUJÁ – versão caipira

A FLOR DO MARACUJÁ – versão caipira

Em homenagem a Catulo Paixão Cearense - De José João Bosco Pereira,

Para Sebastião Pereira (in memóriam).

Maracujá já foi branco!

Eu posso inté lhe aurá.

Mais alvo qui a garça,

Mais brando do que o lua!

Quando a flor amanhecia

Lá pros cunfim do sertão,

Maracujá parecia

Um ninho de argodão.

Nosso sinhô Jesuis

Foi condenado a morrer

Numa grandi cruis

Longe daqui como o quê

Pregaro Cristo a martelo,

E ao vê tanta crueza

O carpinteiro leva o madeiro

A natureza chora di tristeza

O sangue de Jesus Cristo

Sangui pisado de dô

Nus pé du maracujá

Tingia todas as flor

Eis aqui seu moço

A estoria que eu vi contá

A razão proque nasce roxa

A flor do maracujá.

J B Pereira, Em homenagem a Catulo Paixão Cearense - De José João Bosco Pereira e
Enviado por J B Pereira em 24/01/2012
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