O poeta e a perereca
O POETA E A PERERECA
Jorge Linhaça
Descemos nós pela trilha
eu Iára e Maria Antonia,
desfrutando as maravilhas
com muita parcimônia
também estava conosco
amiga " baby", a Sônia
Foi Lá em Camboriú
na parada do teleférico
que com o poeta de arandú
ficou mais pra telesférico
tava gostoso pra chuchu
Não havia nenhum tédio
Mas voltando à pauta
do causo deste poeta
encontramos uma incauta
e simpática perereca
que por ocorrência infausta
se batia mais que sapeca
Ela se debatia no solo
por conta de algum acidente
peguei a batráquia no colo
ela se grudou no meu dedo
quase que não a descolo
de tanto ela estar com medo
Ficou ali acomodada
enquanto a trilha eu seguia
toda bem refestelada
apreciando a mordomia
ou então paralisada
sem saber o que havia
Foi aqui que deu a breca
e foi até motivo de insônia
correu ao ver a perereca
a amiga Maria Antonia
trilha acima , que meleca
corria mais que o Pizzonia
A pererequinha assustada
pulou do dedo esbaforida
enquanto eu inda tentava
dar-lhe nova acolhida
no dedo trepava e saltava
co mo que pra salvar a vida
Por fim ficou paradinha
pra podermos registrar
ao menos em fotografia
o que acabo de contar
que até parece mentira
pra quem não estava lá
Maria Antonia encontramos
uns cem metros adiante
quando o causo lhe contamos
ficou ainda meio hesitante
de estarmos com a perereca
e ficou toda "observante"
Minha amiga perereca,
ficou por lá camuflada
deixando para o poeta
essa história engraçada
que neste cordel enceta
dividindo com a grupaiada
E neste meu cordelzinho
conto o causo bem contado
repleto de muito carinho
nestes versos rabiscados
no ônibus pelo caminho.
Dizendo pra quem entende
o a valor dessa amizade
que a esposa do Ju Friend,
Maria Antonia, saudades
quando vê uma rã logo treme
Bah tchê , que barbaridade!
8/12/2006