Senhora em cordel
Aurélia, moça bonita,
de grande dignidade.
Pena que só quando rica,
é vista pela sociedade.
O homem a quem ama,
o sistema corrompeu.
Essa sociedade carioca,
que ao dinheiro a alma vendeu.
O objeto($) que corrompeu Seixas
é o mesmo que o despertou.
Através da astuta Aurélia,
Que o amor de ambos libertou.
Seixas percebeu seu erro,
tentou consertar.
Nem que para que isso,
do amor fosse renunciar.
Propõe pagar de volta
todo dinheiro que recebeu.
Em troca do divórcio,
da dignidade que outrora perdeu.
Aurélia se mostra na essência,
quando vê em Seixas transformação
O pranto se fez riso.
E acaba feliz a ficção.
(Cordel escrito num curso de cultura popular, em 2007,
momento também que era professora de literatura no curso pré-vestibular Universidade para Todos)