cavalgada inconfidencia mineira
VII Cavalgada Inconfidência Mineira
jader moreira rafael
É com muita satisfação
Nesta poesia campeira
Que narro a VII Cavalgada
Da Inconfidência Mineira
Foi uma festa maravilhosa
Uma aventura gloriosa
Por real estrada cavaleira
Não tinha visto coisa igual
Algo tão emocionante
No galope da emoção
Da cavalgada bandeirante
De Carrancas a Vila Rica
Teoria que Freud explica
Onde a liberdade é reinante
Pediram a proteção Divina
Pra não haver recaída
Tudo estava preparado
A turma estava decidida
Ao som do Hino Nacional
Na trilha da Estrada Real
De Carrancas deu partida
De São João veio Mazinho
Que se vestiu de Tiradentes
Aroldo pra filmar a viagem
Foi bem firme no batente
A Cadela veio no comboio
Jaqueline no carro de apoio
E o Sidinho todo contente
A comitiva de Carandaí
Portou uma linda bandeira
Dois irmãos representando:
O sr. Eli e Hélio Pereira
O Marcelo veio dirigindo
Toninho afoito, exibindo
A sua sina aventureira
Houve festa e recepção
Na chegada em Queluzito
Lafaiete deu bom exemplo
Nilton Avelar fez bonito
Com arrojo e abnegação
Dando exemplo e atenção
Anjo de Guarda bendito
Além de toda a sua família
Disponibilizou seus animais
Top de linha Campolina
Alguns campeões nacionais
Em sua casa deu abrigo
Ofereceu seu ombro amigo
Com seus gestos cordiais
Madrinha Bete demonstrou
Seu carinho, sua atenção
Abriu as portas da sua casa
Abriu também seu coração
Levou sua netinha Isabela
Incumbiu-me pra cuidar dela
E o fiz com zelo e gratidão
Lá de Conselheiro Lafaiete
Vieram Jucelino e Paulinho
Luiz Avelar na organização
Encontrava pelos caminhos
Hélio campos e “Lampião”
Felipe com muita disposição
Recebeu apelido de “Toicinho”
Madre de Deus de Minas
Mandou seu representante
Falo de Antônio “Espingarda”
Fez um trabalho importante
Puxou uma égua no estradão
Que era para o seu patrão
Montar em O. Preto triunfante
De Prados veio o Juninho
O Célio e o Sargento Guido
De Ouro Preto também veio
Aroldo Passos bem decidido
Outros cavaleiros participaram
Para suas terras voltaram
Tendo o seu papel cumprido
À noite fomos para Queluzito
Para encontrar as comitivas
Reencontrar com os amigos
Participar das suas convivas
Foi feita uma combinação
Amanhã tem festa no Trevão
Ficamos nas expectativas
No posto da Zero Quarenta
Foi feita uma justa homenagem
Aos Inconfidentes Queluzianos
A emoção pediu passagem
Os Dragões da Inconfidência
Montados com irreverência
Chamaram atenção na viagem
A cavalgada então seguiu
Pro Haras de Nilton Avelar
Em Buarque de Macedo
Cem homens para almoçar
Comida, bebida e alegria
Com a benção do Pe Zemaria
Paramos pra descansar
Chegada a hora da partida
Os cavaleiros se organizaram
No entorno de uma represa
Onde, em ordem, desfilaram
Foi muito lindo e emocionante
O anfitrião estava radiante
Todos testemunharam
Levei para a VII Cavalgada
Paz, “varinhas” e disposição
Encontrei nos cavaleiros
Trabalho, arrojo e abnegação
Lá no Sitio da Varginha
Cada um ganhou uma “varinha”
Pra açoitar seu alazão
Desfilamos em Lafaiete
Paramos em local adequado
Bem no Centro de Cultura
Um casarão velho, tombado
Alimentação e apoio total
A pastagem era sem igual
Tudo foi bem planejado
A tropa do Nilson Avelar
Deixa cavaleiro admirado
Campolina de Puro Sangue
Pelagem Pampa fechado
Protesto, Gaivota e Utopia
Hanover despertou euforia
Mas estava bem montado
Na manhã seguinte partimos
Tão logo amanheceu o dia
A emoção pulou no peito
Meu coração forte batia
Na Fazenda das Porteiras
Aquelas belas cachoeiras
A natureza em harmonia
Lá no Sítio da Varginha
Houve intensa preparação
Luiz, Wanderson e o Ir.: Celso.
Trabalharam com exatidão
puseram as mesas de merendas
Montaram ainda duas tendas
Para a festa de comemoração
Às dez horas da manhã
Chegamos ao Sítio da Varginha
A OCIM organizou detalhes
Percebia-se nas entrelinhas
Teve iniciação de Cavaleiro
Peça teatral e violeiro
E distribuição de varinhas
A Gameleira da Varginha
É uma testemunha ainda viva
Dos ideais de liberdade
Cuja mensagem é sempre altiva
Daqueles Heróis Inconfidentes
Liderados por Tiradentes
Pulsante nesta narrativa
Na Fazenda das Cachoeiras
Foi grande a recepção
Seu Arthur e dona Ana
Deram apoio e atenção
São pessoas que na verdade
Fazem tudo por bondade
Mineiros de bom coração
A cavalgada foi aumentando
Em cada cidade juntava gente
Seguimos para Ouro Branco
Alegres, muito contentes
A ansiedade sempre aumentava
Pois a hora se aproximava
De chegar à casa de Tiradentes
Às margens da Estrada Real
Após a fazenda das Carreiras
A Casa de Tiradentes
Feita de pedras e madeiras
Traz à mente uma lembrança
E ainda temos a esperança
De uma liberdade verdadeira
A casa de Tiradentes
Tem estilo colonial
É toda feita de pedras
Tem um lindo visual
Quem vê tem a sensação
Que naquele casarão
Está vivo aquele ideal
Em Ouro Branco a comitiva
Recebeu um novo integrante
O oficial Capitão Milane
Deu um passo de gigante
Montou e puxou a cavalgada
A polícia toda empenhada
Naquele momento importante
Entregamos o fogo simbólico
Na Câmara Municipal
Na presença das crianças
Bem na praça principal
O padre que é o prefeito
Fez um discurso bem feito
Valorizando este ideal
Após uma longa viagem
O cansaço era natural
Soltamos nossos animais
Em um curral municipal
Com farta alimentação
Feno, capim e ração
E um jantar especial
A Globo Minas fez bonito
Com uma bela reportagem
Fez uma grande cobertura
Acompanhou bem a viagem
Fez diversas entrevistas
Valorizando as conquistas
Divulgando nossa mensagem
Na Ponte do Pé do Morro
Estilo romano em cantaria
Próprio do século dezenove
Onde começa a serraria
A Serra do Ouro Branco
Fomos trilhando pelo flanco
E o horizonte se descobria
Alcançamos o Mirante
Onde fizemos uma parada
A Globo fez nova matéria
E concluiu a sua jornada
Aos 1600 m de altitude
A visão daquela amplitude
Embelezando aquela estrada
Pegamos a estrada da serra
Onde tem a torre da Embratel
Poeira, sol e adrenalina
Parecia estar perto do céu
O som morteiro do berrante
Naquela hora marcante
Chamando por São Gabriel
Na antiga estação Dom Bosco
Fizemos uma longa parada
Para um saboroso almoço
E uma cerveja bem gelada
A parada foi proposital
Ao som de uma banda local
Demos aquela relaxada
Na descida de uma serra
Um trem de ferro fez fumaça
Encobrindo os cavaleiros
Gás Carbônico que ameaça
Tão grande a poluição
Que pra limpar o pulmão
Bati no peito uma cachaça
Na travessia de um riacho
Num lugar escorregadio
Celinho caiu do cavalo
Ficou tonto, mas com brio
Foi parar no hospital
Estava passando mal
Mas suportou o desafio
Todo grupo organizado
Revela sua própria cultura
Até um pequeno acidente
É motivo de censura
Quando se cai de um cavalo
A gozação pega o embalo
“Vai passar a escritura”
Antes do findar do dia
Chegamos à Cachoeira
Berço da Inconfidência
Gente boa e hospitaleira
Neste mote agora eu falo
Lá no Clube do Cavalo
Foi forró à noite inteira
O prefeito de Ouro Preto
Compareceu em Cachoeira
Juntamente com o seu vice
Na homenagem derradeira
O Fogo Simbólico recebeu
As boas vindas ele nos deu
E agradeceu sobremaneira
Janílson fez um desabafo
Aproveitando a oportunidade
Na presença dos amigos
Falando a pura verdade
Do seu feito o merecimento
Tendo o reconhecimento
De toda a comunidade
Este poeta jogou versos
Apresentou na televisão
Fez homenagem à Gabriela
Montada no cavalo cardão
Mandou recado aos vaqueiros
Deste grande sertão mineiro
E da sua distante região
Esta menina foi montada
Em cavalo baio cardão
Ela veio na cavalgada
Pelas estradas do sertão
O seu nome é Gabriela
O cavalo não é dela
É de Sidinho, seu paizão
Enfim, chegou o grande dia
O derradeiro da cavalgada
Cavalos sobrando afoiteza
Cavaleiros firmes na jornada
Para cumprir sua finalidade
A chama da Liberdade
Estava com a hora contada
Partimos de manhazinha
Rumo à praça principal
Na Catedral de Nazaré
Padroeira municipal
O Ten. César com emoção
Fez belíssima explanação
De civismo intelectual
Os cavaleiros bem atentos
Prestando muita atenção
Às palavras de um professor
Que na praça deu a lição
As crianças e os adolescentes
Ouvindo a história de Tiradentes
Maior herói desta nação
A Trilha dos Inconfidentes
Deu à cavalgada novo matiz
Rasgando a Serra do Siqueira
Onde se encontra um chafariz
Com a data de 1.782
Duzentos e dezenove anos depois
Deixa, hoje, o cavaleiro feliz
Esta é a Trilha mais antiga
Que corta o torrão mineiro
Em estado natural preservado
Muito parece a um desfiladeiro
Rasgando o morro do São João
No Caminho Velho em direção
Ao Ouro Preto luso-brasileiro
“Letinho” conduziu a tocha
Na trilha dos Inconfidentes
Do Clube do Cavalo de Cachoeira
Foi duas vezes o Presidente
Montado em um belo garanhão
Conhecendo bem aquele chão
Cumpriu papel nobre e decente
Junto com o seu filho Douglas
Foi à frente com maestria
Indicando os lugares seguros
Para onde a comitiva passaria
Levaram uma cadela de estimação
Com patriotismo e abnegação
Dando exemplos de galhardia
A Trilha dos Inconfidentes
É um trecho da Estrada Real
Que faz chegar à Vila Rica
Desde o Governo Colonial
Em 2012 vamos ter a sorte
Participar dos 220 anos da morte
Na Ouro Preto atual
A festa de Ouro Preto
Foi a maior decepção
O cerimonial da Presidente
Dispensou nossa atenção
Não deixou que os cavaleiros
Pisassem naquele terreiro
Com o Fogo Simbólico na mão