No vai e vem de um balanço, meu amor faz relembrar!
Eu gosto da chuva fina
Que bate do meu telhado
Como um canto desolado,
Mas que nunca desafina
Feito choro de menina
No meu colo à soluçar
Vem pro meu sono embalar
Nas noites, pro meu descanço
No vai e vem de um balanço
O meu amor faz relembrar!
Eu gosto da melodia
Do canto de um passarinho
Gosto de ouvir sozinho
A barulheira da jia
Que pra eu faz companhia
Na hora que vou deitar
Nisso me pego a pensar
Nas curvas de um rio manso
No vai e vem de um balanço
O meu amor faz relembrar!
O ringir de uma cancela
Quando abre a porteira
Faz zuada, faz zoeira
Daí corro pra janela
Na esperança de ser ela
Fico longe à matutar
Sem sair do meu lugar
Com certeza não me canso
No vai e vem de um balanço
O meu amor faz relembrar!
Interação do poeta Miguel Jacó:
Toda noite é parecida,
Tem o clarão das estrelas,
Uma canção repetida,
E as águas das cachoeiras,
A vida tem esperanças,
Que navegam derradeiras,
Nos faz esquecer o ranço,
Das moças ditas faceiras,
No vai e vem de um balanço,
Me apego as namoradeiras.
Interação da poetisa Herminia Rohen:
NO VAI E VEM DE UM BALANÇO,
TE VEJO ORA VIR E ORA IR;
DE TE ESPERAR NÃO ME CANSO,
COM ALEGRIA TE VEJO VIR!
MEU AMIGO, MEU CAMARADA!
MINHA VIDA SEMPRE ENCANTA!
VOU NESSA EMBALADA,
QUE DELÍCIA DE BALANÇA!
Interação da poetia Mariamaria:
No vai e vem do balanço
Eu também quero brincar
Vou me deitar numa rede
Ficar olhando pro mar
Faça chuva ou faça sol
Eu vou cantar um bolero
Olhando pro arrebol
Ah, é tudo o que mais quero
E se eu não tiver amor
Um amor vou arranjar
Mas seja lá com quem for
Eu quero é me balançar.