O RONDA DO QUARTEIRÃO E A POPULAÇÃO
O RONDA DO QUARTEIRÃO E A POPULAÇÃO
Co-autores: JOSÉ EDSON DE SOUZA ALMEIDA – JESA
Evaristo Geraldo
O Ronda do quarteirão
Que CID idealizou
Pra garantir segurança
Nunca se concretizou
Não tem polícia na esquina
A violência domina
O Ronda decepcionou.
No início do projeto
Até que deu resultado
Melhorou a segurança
Na Capital do Estado
O Ronda mostrou serviço
Acabando todo ouriço,
Mas foi descontinuado.
Não passou de utopia
A segurança prometida
O projeto do Governo
Não deu a contra partida
Segurança e atenção
Polícia no quarteirão
Pra proteger nossa vida.
As viaturas sumiram
O efetivo encolheu
A polícia Cidadã
Que CID nos prometeu
A mais cara estrutura
O gasto com viatura
Nada disso resolveu.
Os índices da violência
Assusta a população
Faz o Cidadão refém
A casa virar prisão
Quem reage perde a vida
E não se busca saída
Pra resolver a questão.
Nem a polícia escapou
Da mira dos traficantes
Só este ano perderam
Vários de seus integrantes
Na luta por segurança
Foram vítimas da vingança
Dos covardes meliantes.
Por causa da violência
O povo abre mão do lazer
Ficam em casa trancados
Sem saber o que fazer
Se vai ao centro é roubado
Tem ladrão pra todo lado
E ninguém pra proteger.
O Ronda do Quarteirão
Hoje se tornou piada
Só aborda adolescente
Dão tapa na garotada
Não cumprem o seu papel
Essa guarnição cruel
É muito despreparada.
Teve abordagem do Ronda
Que matou jovem inocente
Destruíram muitos carros
Batem e maltratam gente
Deixou de ser cidadã
Tornou-se polícia vã
Ou melhor, incompetente.
Os policiais do Ronda
Ganham melhor que os demais
Isso causou uma revolta
Aos outros policiais
Que já estavam na lida
Nas ruas arriscando a vida
Combatendo marginais.
Essa idéia de formar
O Ronda do quarteirão
Foi louvável, mas faltou
Pros homens preparação
E por não agirem assim
Hoje o povo pede o fim
Do Ronda do quarteirão.
Precisa haver sindicância
Na polícia militar
Os policiais corruptos
É praga e devem acabar
Pois mancha a corporação
E deixa a população
Sem saber com quem contar
Existem muitos soldados
Da honrosa corporação
Recebendo a tal propina
Para encobrir infração
Eu vejo isso todo dia
Quando um motorista guia
Seu carro sem condição.
Mas o corporativismo
Faz vista grossa pro caso
Vivemos na hipocrisia
Todos fadados ao atraso
Pois o dinheiro domina
E a politicagem ensina
A conviver com o descaso.
Tem muitos policiais
Com carros, lojas e mansões
Que são frutos de propinas
De bandidos e ladrões
E também de traficantes
Corruptos comerciantes
Viciados figurões.
O policial corrupto
Incentiva a violência
Desonra a corporação
Com a sua incompetência,
Mas a raiz do problema
É o caduco sistema
Com suas leis em falência.
Nossa polícia civil
Não está agindo bem
A narcótico quando aborda
Não age como convém
Pois só prende um traficante
Quando esse tal meliante
Não lhe dá nenhum vintém.
Quando a narcótico descobre
Um ponto de um traficante
Passa a extorquir dinheiro
Do marginal meliante
E deixa esse marginal
Vendendo a droga letal
Livre e mais atuante.
Precisamos exaltar
Os policiais honrados
Que não recebem propinas
De marginais e viciados
São profissionais do bem
Que agem como convém
Por serem eles bons soldados.
Dia vinte e cinco de julho
Recordo com emoção
A morte de Bruce Cristian
Causou grande comoção
Morreu em plena Avenida
O Ronda tirou sua vida
Sem a menor compaixão.
O crime virou manchete
Na imprensa nacional
Chocou a sociedade
Causou revolta geral
O Soldado foi afastado
E pelo povo julgado
Por esse crime banal.
O seu Francisco das Chagas
Perdeu seu filho querido
Que hoje está no céu
Foi a anjo promovido
Na corte celestial
Luta pra vencer o mal
Vendo o bem favorecido.
O soldado foi julgado
E cumpre condenação
Sendo de vez afastado
Do Ronda do quarteirão
Pagou por seu despreparo
Não tendo na lei amparo
Foi recolhida a prisão.
O poeta Taboense
Expos sua opinião
Falando sobre o projeto
Do Ronda do quarteirão
Ainda tenho esperança
Que a nossa segurança
Receba mais atenção.