DAS JURAS NUNCA ESQUECI.

DAS JURAS NUNCA ESQUECI.

MARTELO AGALOPADO.

Das juras nunca esqueci,

Só não pude executa-las,

Pois as promessas que fiz,

Não cabem na minha mala,

Morreram as estratégias,

Não mais em mim exalam,

Prometer o que não tem.

É como dar-se um vintém,

Depois voltar a cobra-lo,

Não enriquece a ninguém.

Na imensidão de um vazio,

Buscamos nossos consolos,

Se a vida saiu dos trilhos,

E quem impera é o choro,

Levante a cabeça aos céus,

Releve aos seus desaforos,

Estenda a mão pro futuro,

E o que tem atrás do muro,

Pode trazer o teu consolo,

Pois o amor, supera o dolo.

Na frente é a brisa suave,

E acompanhada do trovão,

Caem os pingos maleáveis,

A molhar as minhas mãos,

Depois a chuva concreta,

Perdeu sua face discreta,

E nos causou o transtorno,

Levando as casas da gente,

Nos fazendo de indigentes,

Sem aceitar nem suborno.

E foi no vão da claridade,

Que me perdi do seu vulto,

E este sentimento oculto,

Me causou temeridades,

Como é tensa a faculdade,

Dos pensamentos singelos,

Que nos levam ao flagelo,

De uma hostil sagacidade,

Meu Deus tenha piedade,

Deste vivente impoluto.

Eu desloquei-me pro sudeste,

Vim com muito pouca idade,

Para morar numa cidade,

Que tem um dom inconteste,

Sendo a maior deste Brasil,

Muitos já dizem não presta,

Mais até que eu me dei bem,

Pois retornar não me convém,

Para o meu nobre nordeste,

Mesmo que gere um protesto.

Cada palavra que eu digo,

Vai libertar certa energia,

Algumas delas contagiam,

Outras criam certo tédio,

É como levantar um prédio,

Com paredes diferentes,

Depois querer resultados,

Totalmente convergentes,

Na média ele se sustenta,

Mas dar um susto na gente.

Caem os ninhos sagrados,

Dedicados aos filhotinhos,

Que ficam desamparados,

Rejeitados e sem carinho,

Quem derruba é a natureza,

Em seus arroubos insensatos

Gerando a cena antipática,

Tirando o encanto e beleza,

Dando o lugar as tristezas,

Que se apossam das matas.