Sepé Tiarajú das Sete Missões
Sepé Tiaraju das Sete Missões
Jorge Linhaça
Lá em São Luiz Gonzaga
Uma das Sete Missões
A memória não se apaga
Qual eternos panteões
Nasceu Sepé Tiaraju
Da nobre nação Guaraní
Espalhada nos rincões
Do hoje Rio Grande do Sul
Órfão ficou muito cedo
Aos oito anos de idade
A peste de escarlatina
Foi a causa da orfandade
Confiado a Padre Miguel
E por ele adotado
Enxameou-se com este
fundou novo povoado
Foi em São Miguel Arcanjo
Essa nova redução
Que Sepé tornou-se anjo
Corregedor da missão
Foi eleito por seus pares
em pura democracia
Do outro lado dos mares
tempestade se anuncia
Juntos Portugal e Espanha
Senhores donos do mundo
Empenhavam-se em campanha
Pra dividir latifundios
A ambição se fundava
Na grande organização
Que as missões logravam
Grande rebanho de gado
Criado pelos missioneiros
E o território ocupado
No solo hoje brasileiro
Enquanto as missões prosperavam
Com os padres e guaranis
As terras escravocratas
matavam índios aos mis
Acordos foram tentados
Sob a tutela de Sepé
Falso armisticio armado
imbuído de má fé
Os indios apaziguados
e espanhóis e portugueses
Juntando os seus exércitos
pra abate-los como reses
Nome de triste lembrança
Gomes Freire de Andrade
Foi quem preparou a matança
com a sua falsidade
Cercados de todos os lados
Charruas e Guaranís
Foram então massacrados
pela astúcia dos vís
Tombou o índio Sepé
N'antiga sanga da bica
Na boca de São Gabriel
Cidade hoje tão rica
Da boca de Tiaraju
Conta quem sabe a história
Uma frase se formou
Guardada em nossa memória
"Esta terra já tem dono"
Teria dito Sepé
Lema que ficou lembrado
Como um ato de fé
Foi-se o homem veio o mito
Virou Santo o Taiaraju
Cujo nome tão bonito
Traduz-se "Facho de Luz"
No panteão da História
Como herói brasileiro
Gravou-se a sua memória
Em sete de fevereiro
O dia de seu martírio
Carece de ser lembrado
Dia Nacional da Luta
Dos povos indígenas
Que o aprove o Senado
Histórias pouco contadas
De muitos desconhecidas
Merecem de ser lembradas
Como exemplos de vida
Que venham pois os poetas
Preencher esta lacunas
Nos versos de rimas certas
e até sem rimas nenhumas
Salvador, 14 de dezembro de 2011
contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com
Sepé Tiaraju das Sete Missões
Jorge Linhaça
Lá em São Luiz Gonzaga
Uma das Sete Missões
A memória não se apaga
Qual eternos panteões
Nasceu Sepé Tiaraju
Da nobre nação Guaraní
Espalhada nos rincões
Do hoje Rio Grande do Sul
Órfão ficou muito cedo
Aos oito anos de idade
A peste de escarlatina
Foi a causa da orfandade
Confiado a Padre Miguel
E por ele adotado
Enxameou-se com este
fundou novo povoado
Foi em São Miguel Arcanjo
Essa nova redução
Que Sepé tornou-se anjo
Corregedor da missão
Foi eleito por seus pares
em pura democracia
Do outro lado dos mares
tempestade se anuncia
Juntos Portugal e Espanha
Senhores donos do mundo
Empenhavam-se em campanha
Pra dividir latifundios
A ambição se fundava
Na grande organização
Que as missões logravam
Grande rebanho de gado
Criado pelos missioneiros
E o território ocupado
No solo hoje brasileiro
Enquanto as missões prosperavam
Com os padres e guaranis
As terras escravocratas
matavam índios aos mis
Acordos foram tentados
Sob a tutela de Sepé
Falso armisticio armado
imbuído de má fé
Os indios apaziguados
e espanhóis e portugueses
Juntando os seus exércitos
pra abate-los como reses
Nome de triste lembrança
Gomes Freire de Andrade
Foi quem preparou a matança
com a sua falsidade
Cercados de todos os lados
Charruas e Guaranís
Foram então massacrados
pela astúcia dos vís
Tombou o índio Sepé
N'antiga sanga da bica
Na boca de São Gabriel
Cidade hoje tão rica
Da boca de Tiaraju
Conta quem sabe a história
Uma frase se formou
Guardada em nossa memória
"Esta terra já tem dono"
Teria dito Sepé
Lema que ficou lembrado
Como um ato de fé
Foi-se o homem veio o mito
Virou Santo o Taiaraju
Cujo nome tão bonito
Traduz-se "Facho de Luz"
No panteão da História
Como herói brasileiro
Gravou-se a sua memória
Em sete de fevereiro
O dia de seu martírio
Carece de ser lembrado
Dia Nacional da Luta
Dos povos indígenas
Que o aprove o Senado
Histórias pouco contadas
De muitos desconhecidas
Merecem de ser lembradas
Como exemplos de vida
Que venham pois os poetas
Preencher esta lacunas
Nos versos de rimas certas
e até sem rimas nenhumas
Salvador, 14 de dezembro de 2011
contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com