Minha infancia no sertão

A minha pequena historia

Agora vai começar

Vou falar da minha vida

Pagina por pagina passar

A minha doce infancia

Para todos vou mostrar

Eu era uma garotinha

Que lá no mato nasci

Fui criada lá na roça

E muito bem eu vivi

Lá no meu sertão querido

Muita coisa eu aprendi

Lá não tinha energia

Nem mesmo televisão

E quando chegava a noite

Era aquela escuridão

Só tinha um radio A.M

Que na epoca era um sonzão

Quando vi televisão

Eu fiquei envergonhada

Já tinha deseseis anos

E não sabia de nada

Fiquei escondida num canto

Morta de encabulada

Tomava agua do pote

Tirada do cacimbão

Tomava banho no açude

Se esfregava com sabão

Subia em cima da serra

Para apanhar feijão

Mato verde lindas flores

Isso era uma bela visão

O pôr do sol no açude

Se pescava com galão

Pegando varias especies

Inclusive o trairão

Lá não existia briga

Porque não tinha vizinho

E a minha famila era unida

Só recebiamos carinho

Viviamos no mar de rosas

E nunca estavamos sozinho

Nossa energia era a gas

Chamada de lampião

Feita de lata de oléo

Com Pavio de algodão

A tomada era o fosforo

Que fazia a claridão

No sertão quando chuvia

A festa era um beleza

Todo mundo se banhava

Nadando na correnteza

E a noite o sapo cantava

Alegrando a natureza

Pilei arroz e café

Acentada no pilão

O Deus como era gostozo

Chegava a ser diversão

Pra nós era um prazer

Ver aquela transformação

Plantavamos grandes roçados

Era uma bela plantação

Cocó, melancia e macaxeira

Banana, abobora e feijão

Maxixe, quiabo e pepino

Milho, arroz e algodão

E alem da plantação

Nós criavamos pra xuxu

Porco, cabra e carneiro

Galinha, pato e perú

Passarinho e jumento

Prea, punaré e tatu

Vou dar um paradeiro

Nos meus versos do sertão

Pois se eu for continuar

Nunca vou acabar não

Pois este tema é gostozo

E chama muito atenção Autora: Lucirene

Poetisa Nega
Enviado por Poetisa Nega em 14/12/2011
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