As pequenas diferenças entre o rico e o pobre
Começo este cordel
A Deus pedindo inspiração,
pois vou falar de um assunto
Que parte o meu coração:
A pobreza e a riqueza
Que são duas "população".
A população dos ricos
Parece ser abençoada.
A população dos pobres
Parece ser de desgraçada.
Enquanto o rico tem tudo,
O pobre nunca tem nada.
O café que o rico toma
Causa-me admiração,
Tem tudo que se imagina
Para uma baa alimentação.
Parece até um almoço
Tem fartura de montão.
O cafezinho do pobre
É de causar compaixão.
Quando muito aparece
É um pedaço de pão.
As vezes falta café
Para sua recepção.
O cafezinho do rico
Tem queijo, manteiga e pão;
Bolos, leite e banana,
Suco torrada e mamão,
Pêra, morango e abacate
Refrescos e requeijão.
A vida que o rico leva
Causa inveja a muita gente:
Moram em belas mansões
E vivem muito contente
Com suas vidas luxuosas
Estão sempre sorridente.
Além dos apartamentos
E dos carros importados
Eles desfrutam de tudo
E nunca ficam apertados,
Pois tem dinheiro de sobra
E estão sempre preparados.
Enquanto a vida do pobre
É uma coisa amargurada
Sem nem uma novidade,
Pois eles nunca têm nada
E estão sempre esperando
Que dê uma melhorada.
A baa vida do rico
Já vem do seu nascimento,
Nascem em berços de ouro
Não conhecem o sofrimento.
Vivem nadando em dinheiro
Sem medo de afogamento.
E a vidinha do pobre...
Meu Deus! que decepção...
Logo no seu nascimento
Só falta dormir no chão,
Pois os pais têm não dinheiro
Para comprar um colchão.
Já o filhinho do rico
Quando nasce tem babar
E todos os seus parentes
Um presente vem lhe dar.
Seus pais lhe dão uma poupança
Com dinheiro para usar.
Enquanto o filho do pobre
Desprezado vai ficar,
Pois seu pai e sua mãe
Precisam ir trabalhar.
A criança fica sozinha
Sem ninguém pra lhe cuidar.
A moça filha do rico
Quando arranja um namorado
É mais rico do que ela
Dono de carro e de gado
E tem o melhor emprego
Que existe no mercado.
Já a mocinha do pobre
Quando inventa de namorar
Arranja logo um menino
Para os pais dela criar.
Oh! raça pra não ter sorte;
Oh! raça pra dá azar;
Os ricos quando se casam
Vivem uma eterna paixão
Não tem brigas, não tem nada
Nem pensam em separação,
Vivem de festas e farras
Cheinhos de emoção.
Os pobres quando se casam
É só para inventar,
Pois com menos de um mês
Já querem se separar,
Pois a falta de dinheiro
Faz o casal se estranhar.
Até na separação
O rico é quem vai ganhar
Ficam com carro e fazenda
E apartamento pra morar
Sua vida fica ganha
Sem precisar trabalhar.
Se a mocinha do pobre
Por acaso separar
Ela não vai ganhar nada
Só os filhos pra criar,
Pois o seu ex era pobre
E nada pode lhe dar.
Pessoa que nasce rica
Tem sorte até pra morrer:
Deixa uma herança danada
Pros parente oferecer
Em um tal de testamento
Pra família receber.
Já o pobre quando morre
É aquela confusão
Quando se arranja a mortalha
Não se arranja o caixão.
Se duvidar vai pelado
Para debaixo do chão.
O rico anda na rua
Com segurança do lado,
Pois possui muito dinheiro
E tem medo de ser roubado.
Além disso têm receio
De um dia ser sequestrado.
O segurança do pobre,
Eu vou dizer a você,
É um cachorro vira lata
Que só serve pra comer.
Não cuida nem dele mesmo,
Pois nada sabe fazer.
As roupas que o rico usa
É uma verdadeira beleza:
São chiques até demais,
É o linho, é a javanesa,
Os modelitos mais belos
Que existem na redondeza.
Já as roupinhas do pobre
Não tem nada de bonita,
Pois quando podem comprar
É um paninho de chita
E ficam bem animados
Dentro da roupa esquisita.
Os filhos que o rico tem
São umas coisas mimosa:
Todos bem arrumadinhos
Parecem buquê de rosa.
As meninas são bonitas,
Elegantes e charmosa.
Mas os filhinhos do pobre
São bastante diferente:
São umas crianças magras
E além de viver doente
Não têm nem educação
Para falar com a gente.
E as mulheres do ricos
Se reúnem a tardinha
Para tomarem um chá,
Só coisa de granfininha.
Falam sobre economia
E de suas belas festinha.
Já as mulheres do pobres
Se encontrar uma camarada
Só falam da vida alheia,
São um bando de cambada,
Falam mal de suas amigas
E baixam o pau nas coitada,
O rico é elegante
Até quando vai falar:
"Como estar, meu grande amigo?
Vossa mão quero apertar.
Passe hoje em minha casa,
Um drinque vou preparar."
Pobre não tem elegância
Na hora de se expressar.
Quando encontra um amigo
Nem sabe o que conversar
E fala um monte de besteira
Só falta não se calar.
Todo final de semana
O rico faz um festão
Com bebidas e churrasco
É completa a animação.
Convida muitos parentes
e amigos pra curtição.
Já os finais de semana
Na casa do pobrezinho
É igual aos outros dias:
Um feijão, um arrozinho
E as vezes nem isso tem
Para fazer um lanchinho.
Perfume que rico usa
Tem um aroma legal:
É boticário e jequity
Com cheiro fenomenal.
Todos com nome Francês
E marca internacional.
O perfuminho do pobre
É so um desodorante
Que se compra até na feira
E que só cheira um isntante.
Quando está com meia hora
Ele já fede bastante.
Rico tem sorte pra tudo
E em tudo que vai fazer
Tem do bom e do melhor
Que a vida pode oferecer
E vive sorrindo atoa
Desfrutando o bom viver.
Já o pobre não tem sorte
Tudo que faz dá errado.
Vive reclamando a vida
E trabalha no pesado
E diz: "se Deus me ajudar
Um dia vou ser folgado.
Os filhos que o rico tem
Quando sai para estudar
Vão pros melhores colégios
Chiques e particular
Aprender a ser doutor
Para mais dinheiro ganhar.
E os filhinhos do pobre
Quando sai para aprender
Em colégio de prefeitura
Sem muito a lhe oferecer
Por mais que eles estudem
Sem dinheiro vão viver.
Rico vive se arrumando
E cuidando da beleza.
Faz unhas e faz cabelos
E se sentem uma grandeza
Sai de dentro dos salões
Parecendo uma princesa.
A familinha do pobre
Nunca vai em um salão,
Estão sempre desarrumados,
Pois não têm nem um tostão.
Não podem se embelezar
Para ficar bonitão.
O trasnporte do rico
É um belo carro importado.
Anda pra cima e pra baixo
Alegre e todo empolgado.
Não sente se quer calor,
Pois tem ar condicionado.
Já o transposte do pobre
É ruim, não tá com nada.
É uma bicicleta velha
Bastante enferrujada
Que garante a saída
Mas não garante a chegada.
A diferença que exite
Entre o pobre e o ricão
É que pobre é empregado
E o rico é o patrão.
Rico é dono do mundo
E pobre não tem nem chão.
Agora vou terminar
Minhas linhas de cordel.
Falei do pobre e do rico
Realidade cruel.
Desejo que rico e pobre
Morem um dia no Céu.