A BEBIDA, A MULHER, A POESIA.



QUANDO EU VEJO A TARDINHA O SOL SE POR
QUANDO EU VEJO DE MANHÃ O MAR AZUL
QUANDO A NOITE VEJO O CRUZEIRO DO SUL
EU SÓ PENSO EM COMPOR VERSOS DE AMOR.
QUANDO EU VEJO LÁ NO CÉU O ESPLENDOR
DO LUAR ENRIQUECIDO DE MAGIA
QUANDO A BRISA DO SERTÃO ME ACARICIA
OU ESCREVO UM POEMA OU FICO TENSO

O MEU CÓDIGO GENÉTICO É PROPENSO
A MULHER, A BEBIDA, A POESIA.


NO PERCURSO DA VIAGEM PELA VIDA
MUITAS VEZES DESPROVIDO DE CARINHO
ATÉ HOJE VEM CRUZANDO MEU CAMINHO
O PRAZER INSUPERÁVEL DA BEBIDA.
EU SÓ BEBO SEM HORÁRIO E SEM MEDIDA
E CONSUMO O DIA TODO TODO DIA
ATÉ MESMO O LICOR DA FANTAZIA
NUM CRISTAL FALSIFICADO EU NÃO DISPENSO

O MEU CÓDIGO GENÉTICO É PROPENSO
A MULHER, A BEBIDA, A POESIA.


QUANDO VEJO O TEU CORPO ARREDONDADO
EXIBINDO A DIVINA FACEIRICE
EU ESQUEÇO AS TURBULÊNCIAS DA VELHICE
INOCENTANDO UM CORAÇÃO DESMIOLADO.
PERCEBENDO O BAFAFÁ DO REQUEBRADO
O REMELEXO, O PERFUME E A MAGIA
O CARINHO, O OLHAR DE SIMPATIA
O AMOR JÁ SE TORNA MAIS INTENSO

O MEU CÓDIGO GENÉTICO É PROPENSO
A BEBIDA, A MULHER, A POESIA.