SONHO ESTRANHO
Sonhei que eu era uma dama
Mas não era uma qualquer
Eu era a primeira dama
Mulher de um tal prefeito
Que parecia ser feito
Sem conter nenhum defeito
Mas isso era um ledo engano
Na presença de seu público
O bicho era muito engraçado
Cheio de capiloçada
Ele era mesmo o único
E pagava até cachaça
Pra aqueles pobres coitados
Que o elegeram enganados
Pois no tempo da campanha
Prometem o impossível
E não fazem nem o possível
Pra amenizar a carência
Daqueles sem residência
Que sem nenhuma decência
Elegem alguém sem vergonha
Voltando a primeira dama
Eu não achei nada bom
Ser uma mulher do povo
Sem nenhuma autoridade
Pra ser dona do meu mundo
Pois perto daquele imundo
Eu era forçada a ter fama
Famosa daquele jeito
Me mostrando para o público
E por detrás da empanada
Ele só me dava esbregue
Como se eu fosse uma jegue
Ainda cheia de defeitos
Perto daquele prefeito
Logo quando eu acordei
Lembrei sim de me benzer
E graças a Deus, dizer
Eu sou e sempre serei
Uma pessoa capaz
De viver buscando a paz
No Deus que acreditei