SONHO ESTRANHO

Sonhei que eu era uma dama

Mas não era uma qualquer

Eu era a primeira dama

Mulher de um tal prefeito

Que parecia ser feito

Sem conter nenhum defeito

Mas isso era um ledo engano

Na presença de seu público

O bicho era muito engraçado

Cheio de capiloçada

Ele era mesmo o único

E pagava até cachaça

Pra aqueles pobres coitados

Que o elegeram enganados

Pois no tempo da campanha

Prometem o impossível

E não fazem nem o possível

Pra amenizar a carência

Daqueles sem residência

Que sem nenhuma decência

Elegem alguém sem vergonha

Voltando a primeira dama

Eu não achei nada bom

Ser uma mulher do povo

Sem nenhuma autoridade

Pra ser dona do meu mundo

Pois perto daquele imundo

Eu era forçada a ter fama

Famosa daquele jeito

Me mostrando para o público

E por detrás da empanada

Ele só me dava esbregue

Como se eu fosse uma jegue

Ainda cheia de defeitos

Perto daquele prefeito

Logo quando eu acordei

Lembrei sim de me benzer

E graças a Deus, dizer

Eu sou e sempre serei

Uma pessoa capaz

De viver buscando a paz

No Deus que acreditei

Graci
Enviado por Graci em 16/10/2011
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