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DESCENDO A MADEIRA
Mestre Bule – Bule, com sua licença.
Perdoe esse cabra "inchirido"
que vem como um perdido
tentando carregar o seu andor.
Vou ser direto em minha meta:
Estou aqui como poeta,
mas não pra falar de amor.
Quero falar pra esse povo
que a eleição está aí, de novo
e as baixarias estão nos jornais.
Precisamos tomar as rédeas
e mostrar pra esses merdas
que não aguentamos mais.
Vou de quadra, vou de quina...
Comigo não existe norma.
Pra chegar onde eu quero
e não levar nota zero
eu jogo de qualquer forma.
Vocês viram os “senadores”...
Como podem aqueles senhores
dizerem que estão nos representando?
Se apelarmos para a baixaria
vamos botar auditoria
e provar que estão roubando.
Estou me animando, seu moço...
Estou começando a gostar do troço.
Fazer cordel é muito legal...
Mas eu quero é chamar a atenção
para a próxima eleição
e para essa política imoral.
Precisamos mudar o "sistema"
e acabar com os votos de “arena”
que tantos males nos causou.
Você vota em um candidato,
mas o “sistema” tem um trato
que ganha, quem o sistema indicou.
Vocês lembram dos votos do Enéas?
Aposto que vocês não fazem ideia
de quantos candidatos ele “arrastou”...
Pois é aí que mora o perigo.
Depois você sofre o castigo
de aturar quem você não votou.
O “nanico” precisa se rebelar
e não se vender, não se entregar,
porque o grande tem todos na mão...
O “nanico” vai ter que jogar sério
e mostrar para o povo o mistério
que reina por trás da votação.
Não adianta a televisão dizer:
Você tem que saber escolher!
Quem você vota, às vezes não ganha.
Não por não ter votos suficientes.
É que o povo está inocente
e quando pensa que bate, apanha.
Aqui paro o meu cordel
começado “um tantinho” ao léu
e acabando “um tiquinho” afinado.
É que eu comecei a pegar o jeito.
Como não há um bom sem defeito,
eu sei que estou perdoado.
Muito obrigado.
07.08.2009