O VALENTE JOÃO
Amigo quero pedir
Agora o respeito
Aos meus versos simples
Mas cheio de conceitos
Não compare escritores
Só não façam mal feitos!
Vou escrever uma historia
Criada com imaginação
Sobre um romance
Do tempo da escravidão
De um negro valente
E uma negra de bom coração
Esta historia se passa
Há muito tempo atrás
O ao eu não sei
Mas o João era rapaz
E escravo da fazenda
Onde era capataz
Maria era mucama
E querida pela sinhá
Negra bonita de verdade
Você Poe imaginar
Lembra a Tais Araujo
Com seu jeito de atuar
O negro João era
Querido pelo patrão
Que se encontrava velho
Deixando sobre a proteção
As tarefas da fazenda
Para o negro João
João era responsável
Por grande parte da fazenda
Cuidava ele dos negros
E tinha grande prenda
E confiança do patrão
Pra fazer compras e vendas
João não tinha
Na fazenda problemas
Pois os negros eram
Tratados com lema
E eles sabiam que ali
Tinham os melhores sistemas
O patrão também era
Homem de bom coração
Tinha também dos servos
Ótima admiração
Era a única fazenda
Que não havia confusão
Mas o destino é cruel
Com o velho aprontou
Numa manha cinzenta
O velho os deixou
Trazendo assim o tormento
Nas terras do bom senhor
A fazenda ficou triste
O candeeiro se apagou
Arvores e gados morreram
O povo da fazenda chorou
Sua filha a inda moça
Em prantos também ficou
Um filho do velho
Veio para o funeral
João não o conhecia
Pois vivia na capital
Estudando algo
Que ele não conhecia legal
Após o sepultamento
No outro dia bem cedo
Chegou um advogado
Fazendo-se o enredo
Do testamento do velho
Que obtinha um segredo
O filho do velho
Não era muito querido
Era do tipo desonesto
Não era o filho preferido
E o negro João
Era um pretendido
O negro João era pretendido
Naquela grande herança
O seu filho sabendo
Encheu-se de ganância
Matou o advogado
Que o velho tinha confiança
Então o novo advogado
Que o filho contratou
Leu um falso testamento
E ninguém constatou
Herdando ele do velho
Tudo que ele roubou
Logo quando assumiu
Houve grande mudança
João perdeu sua patente
Também a confiança
No novo patrão
Não existia esperança
Logo o novo senhor
Começou logo tudo mudar
Contratou muitos feitores
Para os negros castigar
Trazendo ele o terror
Aquele lindo lugar
Então foi construído
Na fazenda um galpão
Onde os negros ficavam
Sobre grande humilhação
Foi quando despertou a fúria
Do valente João
João era cobrado
Por tudo que acontecia
Principalmente pelos negros
Que tinha grande valentia
Os homens mais valentes
Que na época existia
Mas os feitores que vieram
Logo o negro descobriu
Contaram logo ao patrão
Tudo que ele ouviu
Logo no outro dia
Todos da terra se despediram
A atitude do patrão
Serviu como represália
Trouxe medo aos negros
Era um verdadeiro canalha
Matava por brincadeira
Não admitia falha
Certo dia Maria
Sua sinhá servia
Um chá de rotina
Que a tempo ela fazia
Foi quando levou um susto
Queimando a sinhazinha
O patrão foi entrando
E a cena presenciou
Ao ver queimada a Irma
Logo o feitor chamou
Levando a bela Maria
No tronco a colocou
Aquilo enfureceu
Ao valente João
Que sozinho enfrentou
Os feitores então
Eram três contra ele
E ele sentando-lhe a mão
Já se encontrava
Dois ali caídos
O outro conseguiu
Fugir como bandido
Indo contar ao patrão
O que havia acontecido
Quando o feitor chegou
Casado da correria
Foi logo falando ao patrão
O porquê da euforia
---Meu patrão veja só
Que tremenda covardia
---fala direito homem
O que aconteceu?
Pra você esta machucado assim
Logo o feitor respondeu
---foi o negro João
Que nos surpreendeu
Ele apareceu no momento
De surra a negrinha
Chegou feito um bicho
Não contou ladainha
O Zé e o Mané
Ficaram em má companhia
Patrão eu não sei
O que ele a de fazer
O negro estava endiabrado
Não sei se vão sobreviver
Por isso eu fugir
Pra vir contar a você
O patrão ficou injuriado
E um grande baú pegou
Nesse baú continha armas
Todos eles armaram-se
Foram procurar João
Que incrivelmente escapou
Na fuga João levou
Junto com ele a Maria
Quando o patrão chegou
João a tempo partia
Levando com sigo
Maria em sua companhia
O patrão então reuniu
Todos os seus feitores
Para dar fim em João
E acabar com os rumores
Que existia na fazenda
Sobre os seus senhores
Começou então a caçada
Para capturar João e Maria
Eram cerca de vinte homens
Parecia ate uma infantaria
Prontos para matar
O João e a Maria
João conhecia bastante
Cada pedaço do lugar
E naquela floresta
Ele sabia se virar
Seria muito difícil
Alguém ali o encontrar
Os capangas do patrão
Toda floresta procurou
Foram dois dias de procura
Mas ninguém ele encontrou
Enquanto procuravam na floresta
Pra fazenda o casal voltou
Pois a final quem vai
Procurar um foragido
No lugar onde ele fugiu
O negro sabido!
Enquanto o patrão o procurava
Estava ele protegido
O período que ficaram
Na fazenda escondido
A jovem sinhá
Havia protegido
Pois ela também não gostava
De seu irmão bandido
Quando o patrão voltou
Frustrado da caçada
Dispensou seus capangas
Indo para sua morada
Foi então que ele
Caiu na emboscada
Quando foi entrando
De cara logo topou
Com a negra Maria
Grande susto ele levou
Quando pensou em reagir
Por trás João atacou
Agora amigos leitores
Prestem atenção
Pois vou contar o plano
Que a sinhá teve então
Pra acabar com as maldades
Do seu terrível irmão
A sinhá estava próximo
De completar maior idade
E poderia ficar com a herança
Com muita tranqüilidade
Então ela pediu a João
Pra acabar com a maldade
João logo obedeceu
E o patrão amarrou
Colocando em um quarto
Amordaçado ele ficou
Durante alguns meses
Enquanto a sinhá aguardou
Quando a sinhá
Completou maior idade
Deu fim no seu irmão
Com muita criatividade
E ninguém percebeu
O que aconteceu de verdade
A sinhá herdou
Tudo que era direito
E João e Maria
Tiveram grande respeito
E receberam da sinhá
A alforria pelo feito
Mas eles não aceitaram
E pediram a sinhá
Pra ficarem ali
Pois era o seu lugar
E queria que ali
Torna-se o seu lar
João já demonstrava
Por Maria admiração
E pediu que ela
Lhe cede-se a mão
Maria não pensou muito
Casando-se então com João
O irmão da sinhá
Levou com ele o segredo
Mas João e Maria
Fizeram o seu enredo
Provando que o amor
Não precisa de dinheiro
La na fazenda João
Utiliza sua experiência
Cuidando dos deveres
E com muita alegria
Na vida que ele leva
Ao lado da Maria