o menino encapetado 2° parte

Foi relatar pros colegas

Toda cena encontrada

Não acreditaram nele

Começaram dar risada

Uns diziam esta mentindo

Ou ta contando piada

Chamaram todos pra ver

O que tinha acontecido

E quando viram ficaram

Todos de queixo caído

Ficaram todos parados

Como quem perde os sentidos

Só de ossos espalhados

Tinha dez ou vinte sacos

Fora o que ele arrastou

E comeu dentro do mato

Uns diziam que era onça

Ou até gato do mato

Todo corpo da polícia

Chegou ali no local

Disseram nunca vi isso

Deve ser um canibal

No outro dia era assunto

Na folha regional

Chamaram então cientistas

Pra estudar o assunto

Chamaram um macumbeiro

Mas um pastor veio junto

Também veio um espírita

Que falava com defunto

Quando viram a ossada

Ficaram todos com medo

Veio também Mãe Diná

E também padre Quevedo

Depois chegou um jatinho

Era o bispo Edir Macedo

Tinha vindo Edir Macedo

Direto do Canadá

Faltavam poucos minutos

Pro ritual começar

Porque ainda faltava

O inri Cristo chegar

inri Cristo é aquele

Que se julga ser Jesus

Traz a coroa de espinho

Também as chagas da cruz

Diz eu sou o sal da terá

E do mundo eu sou a luz

Eu volto a falar dos pais

Do estranho canibal

Que quando ele fugiu

Ficaram passando mal

Ainda estão internados

Em um famoso hospital

Só matando o canibal

Eles param de sofrer

Poderá serem curados

Como poderão morrer

Mas a verdade só Deus

É que poderá saber

Seu irmão traumatizado

Até perdeu os sentidos

Não podendo trabalhar

O pobre virou mendigo

E vive perambulando

Por esse mundão perdido

Agora vamos voltar

La para a mata do medo

Disseram que o macumbeiro

Brigou com padre Quevedo

Disse ele se tem poder

Entorte-me esse dedo

O macumbeiro nervoso

Não gostou do desafio

Abriu um saco de estopa

Um bode preto saiu

E o padre vendo aquilo

Com ironia sorriu

Invocou o macumbeiro

O espírito do imundo

O bode estava tão magro

Que os olhos estavam fundos

Quevedo disse. vem em mim

Todos os demônios do mundo

E chamou o macumbeiro

Mentiroso e charlatão

Disse eu não tenho medo

Desse bode velho não

Nisso chegou inri Cristo

Com o cajado na mão

O inri Cristo chegou

Com a coroa de espinho

Com uma grande batina

Na mão um cálice de vinho

Para filmar o evento

A equipe do ratinho

Ao redor de inri Cristo

Estavam suas fieis

Começou com três o quatro

Agora são mais de dez

Henri ergueu sua batina

Mostrou a chaga dos pés

inri Cristo ajoelhou

Pediu a Deus proteção

As fieis todas em volta

Faziam sua oração

Disse Quevedo danou-se

Chegou mais um charlatão

Nisso Edir Macedo fala

Vamos agradar o pai

Só vê milagre esta noite

Quem contribuir com mais

Disse inri eu te perdoo

Pois tu não sabe o que faz

Edir falou em voz alta

Ta reprimido capeta

Nisso chega o macumbeiro

Com uma batina preta

Sem que ele percebesse

Roubou a sua maleta

A maleta estufada

Toda cheia de dinheiro

Moeda nacional

Moeda do estrangeiro

Real dólar guarani

Acho que tinha até euro

Mãe Diná num canto escuro

Tava invocando seu guia

No outro lado o macumbeiro

Dava pulos de alegria

Sem contar que o seu bode

De fome se retorcia

Com a mala o macumbeiro

Embrenhou-se no bambuzal

Nesse momento seu bode

Começou a passar mal

Deu um berro assustador

Morreu ali no local

O ritual acabou

Veja só o desespero

O macumbeiro sem bode

O bispo Edir sem dinheiro

Do famoso canibal

Ninguém soube o paradeiro

J amais deixe de lembrar

O grande amor de Jesus

A mor que foi revelado

O utrora morto na cruz

R eze ore e agradeça

I mite o santo Jesus

B ebeu vinagre ao invés d'agua

E m uma espuma na cruz

R enuncie a seus defeitos

I mite o homem perfeito

O utrora morto na cruz

F aça com que sua casa

R eceba sempre a Jesus

A bandone as trevas agora

N unca abandone a luz

C omo Jesus fez outrora

A o morrer por nos na cruz.

joãocorin
Enviado por joãocorin em 06/10/2011
Reeditado em 07/10/2011
Código do texto: T3261644