Releitura do Canto nono dos lusíadas em forma de literatura de cordel

Veja lá o que assucedeu

Com os dois cabra portugueis

Foram lá vender as traia

E por lá se escafedeu

Os cabra ruim mulçumano

Fez de tudo pra engabelar

Prendeu os dois cabra macho

Para um bom tempo ganhar

Tempo esse eles queriam

Pro´mode a cambada de Meca chegar

E destruir o bando de gama

Que queria se arribar

O maçade cabra convertido

Deu com a língua nos dente

Falou da maracutaia

Pro bando capar o gato

Seu gama que é tinhoso

Prendeu os cabra da índia

E seu Samarim aperreado

Na marra soltou os cabra

Vênus que uma deusa afeiçoada

Resorveu lhes da uma prenda

Falou pro seu fi cupido

Nús adular com as ninfa apetrechada

Dona Venus que é arretada

Butou uma ilha no caminho

Harre egua! Que beleza!

É a ilha dos amores

Os cabra macho ficou doido

Quando vê as ninfa linda

Os cabra abibolado

Foram atrás das linda ninfa

Etá muier aperreiada!

Que dá o doce e vai se’imbora

Tamo tudo agoniado

Apaixonado e abobalhado

Mais dispois de tanto esmero

Vieram se ajeitar

E toda jeitosa e abolatada

Com nois vai amanceba

Tetis que era matriarca

Com o chefe do bando ficou

Lhe mostrou as coisa boa

Lhe deu vida de doutor

Falou pro chefe com’era a ilha

E o segredo Le contou

Que a ilha era prenda

Que o senhor nus deixou

Gama foi cabra arretado

Que coisa boa fez

Descobriu o cami mais curto

E levou fé pros pagão

O rei agora agradece

A destreza do seu Vasco

Que será o nosso herói

Por tempo indeterminado

alex lima e silva
Enviado por alex lima e silva em 04/10/2011
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