Releitura do Canto nono dos lusíadas em forma de literatura de cordel
Veja lá o que assucedeu
Com os dois cabra portugueis
Foram lá vender as traia
E por lá se escafedeu
Os cabra ruim mulçumano
Fez de tudo pra engabelar
Prendeu os dois cabra macho
Para um bom tempo ganhar
Tempo esse eles queriam
Pro´mode a cambada de Meca chegar
E destruir o bando de gama
Que queria se arribar
O maçade cabra convertido
Deu com a língua nos dente
Falou da maracutaia
Pro bando capar o gato
Seu gama que é tinhoso
Prendeu os cabra da índia
E seu Samarim aperreado
Na marra soltou os cabra
Vênus que uma deusa afeiçoada
Resorveu lhes da uma prenda
Falou pro seu fi cupido
Nús adular com as ninfa apetrechada
Dona Venus que é arretada
Butou uma ilha no caminho
Harre egua! Que beleza!
É a ilha dos amores
Os cabra macho ficou doido
Quando vê as ninfa linda
Os cabra abibolado
Foram atrás das linda ninfa
Etá muier aperreiada!
Que dá o doce e vai se’imbora
Tamo tudo agoniado
Apaixonado e abobalhado
Mais dispois de tanto esmero
Vieram se ajeitar
E toda jeitosa e abolatada
Com nois vai amanceba
Tetis que era matriarca
Com o chefe do bando ficou
Lhe mostrou as coisa boa
Lhe deu vida de doutor
Falou pro chefe com’era a ilha
E o segredo Le contou
Que a ilha era prenda
Que o senhor nus deixou
Gama foi cabra arretado
Que coisa boa fez
Descobriu o cami mais curto
E levou fé pros pagão
O rei agora agradece
A destreza do seu Vasco
Que será o nosso herói
Por tempo indeterminado