S.O.S. APOSENTADOS
S.O.S. APOSENTADOS
Autor: José Rodrigues Filho
É lamentável senhores
O que vem acontecendo
Com o nosso Aposentado
Que aos poucos vem morrendo
Seu benefício cortado
E sua miséria crescendo.
Falo desse Aposentado
Que mais de um mínimo ganha
Teve o salário achatado
E não pode fazer barganha
É hoje um pobre coitado
E do governo enfrenta a sanha.
Pois enquanto trabalhava,
Esse hoje aposentado
Descontava em seus proventos
Um encargo já fixado
Sobre dois a dez salários;
Assim inda é descontado.
O governo continua
Cobrando ao trabalhador,
Que ganha mais de um mínimo,
Esse expressivo valor,
Mas ao lhe aposentar
Apresenta um redutor.
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Desse modo quem pagou
Sobre mais de dois salários
Vai tendo cortado, aos poucos,
Seus recursos monetários,
Alguns vão ficando loucos
Quando se veem proletários.
Até aquele engenheiro
Que, em mais de trinta anos,
Pagou sobre dez salários
Pensando ajudar os manos
Vê seus parcos numerários
Reféns de planos tiranos.
Se, descontou mais de dois
Assim há de receber;
Mudar o jogo, depois
De as regras estabelecer,
É coisa de vigarista,
Desse modo, proceder.
Do jeito que a coisa está:
Todos os aposentados
Ganharão somente um mínimo,
Mesmo em dez sendo cobrados,
Valendo também pra aqueles
Prestes a serem enquadrados.
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Porque os que estão pagando
Acima de dois salários
O governo vem enrolando
Considerando-os otários,
Quando estão se aposentando
Caem no conto dos vigários.
Começou a roubalheira
No governo FHC,
De uma maneira matreira
O tal PSDB
Preparou a mamadeira
Pra seu governo beber.
Desvinculou o benefício
Do mínimo, que é precário,
E decretou, além disso,
O fator previdenciário;
Esquecendo o compromisso
Junto ao beneficiário.
O fator famigerado,
De uma forma doentia,
Esticou em muitos anos
Sua aposentadoria,
De forma que o postulante
Morre no meio da porfia
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Considero um despautério,
Um acinte caviloso,
Que em nosso ministério
Haja caso tão escabroso,
É preciso um revertério
Nesse assunto tão penoso.
Porque foi o Aposentado
O construtor desta Nação,
Se o Brasil é respeitado
Foi devido ao cidadão
Que trabalhou pelo Estado
Dando seu sangue ao patrão.
Por isso é merecedor
De, no final de seus dias,
Colher bem o que plantou
Com zelo e sem regalias.
Se o Gigante despertou
Deve às suas energias.
Credito a Fernando Henrique
Tão cruel situação,
Mas não esperem que fique
Culpando só ele, não!
Pois o Lula, no debique,
Nos manteve a extorsão.
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Penamos mais oito anos
Sob o poder do PT,
E hoje novos desenganos
Eu vos posso descrever,
Poucas vozes, constatamos,
Falam em nos favorecer.
Raros são os que abraçaram
Nossa causa abertamente,
Tem o Senador Paím,
Meu futuro Presidente,
Que um dia falou assim:
Socorram essa boa gente!
E da Presidente Dilma
O que podemos falar?
A COBAP esperançosa
Pretende dialogar
Pleiteando à “venturosa”
O vil Decreto anular.
Vincular o benefício,
Ao mínimo atualizado,
Também o valor do PIB
Cem por cento, adicionado,
De forma que a gente fique
Como estava no passado.
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Antes do FHC!
Como do Lula também,
Quando a gente conseguia
Viajar e comer bem;
Tempo em que a gente podia
Ser feliz sonhando além.
Mas pra que isso aconteça
Precisam ser aprovados
Todos Projetos de Lei,
No Congresso engavetados,
Enfocando essas questões
E por Paim apresentados.
Derrubar com galhardia
O veto presidencial
Que da gente surrupia
Vantagem percentual.
Mas com o voto secreto
O Parlamento é imoral.
É PL do Paim
Votação com voto aberto;
Para mostrar quem é ruim
Ou quem dá seu voto certo,
Pois só dessa forma, assim,
Derrubaremos o veto.
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Há também um casuísmo
Contra a nossa sapiência:
Uniram-se governo e mídia
Pra enganar com competência
Ao criarem e divulgarem
O déficit da previdência.
Mentira mais deslavada
Lançada com persistência
Sempre dizendo que existe
Um rombo na previdência
Quando na realidade
Sempre há saldos com frequência.
Superávit todo ano
Na seguridade há,
Mas o governo tirano
Tira dela e empresta pra
Empresas deficitárias,
Desse modo, assim não dá.
É preciso por um fim
Nessa mentira cruel,
Que engana a sociedade
Trocando o mel pelo fel
Tunga os previdenciários
Disseminando a Babel.
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Portanto quatro PLs
Deveremos aprovar
Para que ainda este ano
Possamos comemorar
Vendo tudo que perdemos
Retornando ao seu lugar.
Temos de ficar alertas
E na COBAP confiar,
Com o fim do voto secreto
Muita coisa vai mudar
E os pilantras enrustidos
Terão que o povo enfrentar.
Derrubaremos os vetos,
As contas sanearemos;
O déficit, falacioso,
Sim! Desmistificaremos.
Para um final glorioso
Ao Padre Cícero, oremos.
Meu Brasil de Norte a Sul,
Leste, Oeste, povo amado.
Do vermelho para o azul,
É o que temos pleiteado.
Livrem-nos de Belzebu,
Socorram o Aposentado.
Amélia Rodrigues, Ba. 09/06/2011.