MOTE- O TEMPO DÁ E DEPOIS LEVA, E NÃO DEVOLVE NUNCA MAIS
Quero voltar um pouco ao passado
Tempo esse que não me sai da lembrança
Recordo-me quando ainda criança
Com meus irmãos eu brincava
Com bola de gude eu apostava
Quem mais ponto ali fazia
-era assim quando amanhecia
E eu nunca era passado pra trás.
O tempo dá, e depois leva
E não devolve nunca mais.
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Mais com apenas oito anos
Do gado de meu pai eu cuidava
Capim no mato agente cortava
E levava para o curral
Enfrentava as vezes até lamaçal
Quando no inverno em casa chovia
Confesso que sentia até uma agonia
minha obrigação era com os animais.
O tempo dá, e depois leva
E não devolve nunca mais.
Mais para completar minha história
Eu não cuidava apenas do gado
Ia com meu pai para o roçado
Ajudar a semente plantar
Quando a cova ele começava a cavar
Eu jogava logo a semente
Antes que a terra ficasse quente
E perdessem todos vegetais.
O tempo dá, e depois leva
E não devolve nunca mais.
Meu Deus como eu queria
Se eu pudesse ao passado voltar
termino esse mote e começo a chorar
Apenas recordando o meu passado
Meu pai hoje já sepultado
E mamãe também já se foi
Não escuto mais nem um oi
Que falta sinto dos meus pais.
O tempo dá, e depois leva
E não devolve nunca mais.
Mais para encerrar esse mote
Que um amigo me solicitou
E Deus aqui, quem me inspirou
Aplicando hoje minha inspiração
Desse amigo não sei qual sua profissão
Mais vejo com um violão ao seu lado
Percebo que ele é muito interessado
E adora as cordas musicais.
O tempo dá, e depois leva
E não devolve nunca mais.
João pessoa, 03 de Outubro de 2011-10-03
Armando Morais.
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