O garanhão
O garanhão
Eu vou contar uma história
Até um pouco engraçada
De um famoso senhor
Que andava nas estradas
E todo rabo de saia
Era dele namorada
Fez filho por todo lado
Tinha três quatro mulher
E a esposa em casa
Preparava seu café
E todo mundo dizia
É uma santa mulher
Não reclamava de nada
Era como um patrão
Ele todo bonitoto
Lhe dava pouca atenção
Pois as mulheres da rua
Era a sua diversão
Viveram assim muitos anos
E ele a se gabar
Quando chegou a velhice
Tudo começou mudar
Um dia no elevador
Ele sozinho ficou
E começou a mijar
As câmeras o captaram
Aquela sua ação
O porteiro vendo tudo
Na sua televisão
Ele ali acocorado
Fazendo xixi no chão
Depois surgiu um ditado
Pra todo mundo sorrir
Quando alguém tava apertado
Querendo fazer xixi
Gritava: o elevador?
Os outros: está aqui!
Mas não ficou só ai
A fama do cidadão
A sua esposa uma santa
De grande admiração
Um senhor rico e bondoso
Abraçou-a com amor
E beijou a sua mão
Você nem queira saber
Da grande revolução
Aquele ato de amor
Feito por um cidadão
Mexeu com todos os brios
Do famoso garanhão
Foi uma grande lição
Que ele veio a tomar
Porque botou muita gaia
E sem se preocupar
Com quem estava em casa
Preparando seu jantar
Quando viu aquela cena
De um estranho abraçar
A sua esposa querida
E também de lhe beijar
Passou logo a mão na testa
Não quis ali mais ficar
Andou pra lá e pra cá
Sem saber pra onde ia
Começou a resmungar
Dizendo que não queria
Ficar mais ali na festa
E foi aquela agonia.
E a pobre da mulher
Subiu logo a pressão
Depois começou chorar
Naquela preocupação
Pra ela a festa acabou
E Também pro garanhão.