Os caboclos mensageiros...
Neste Brasil brasileiro
Quando a comunicação não existia
O caboclo foi o pioneiro
Cantando com a viola sua poesia.
Os violeiros andavam a cavalo
Carregando sua viola e seu violão
Isso até na capital de São Paulo
Nas noites de São João.
Acontecia um fato no povoado
Eles já escreviam a tal história
Num verso bem trovado
Quem ouvia gravava na memória.
Os circos de lona
Também foi fundamental
Histórias em três atos sem sanfona
Com sonoplastia era muito legal.
A marca da ferradura
Tonico e Tinoco encenavam
Vila Carioca em terra pura
Pavilhão Françoise nos encantavam.
Rua Licio de Miranda
Com a Rua Vemag
Em frente tinha uma varanda
Na época já tinha COAP.
Barraquinhas vendiam de tudo
Maçã do amor – pinhão cozido
Pipoca – paçoca – quebra-queixo
Servia também um quentão ardido.
As emissoras de radiodifusão
Passaram a ser o canal dos violeiros
Depois veio a televisão
Hoje também somos interneteiros.
Não sou poeta especializado
Na arte de escrever cordel
Mas vem na cabeça um ditado
Já boto tudo no papel.
É uma maneira de me expressar
Experiências vividas eu vou lembrando
Não sei se quem ler irá gostar
Enfim é mais uma prosa que vou narrando