Os caboclos mensageiros...

Neste Brasil brasileiro

Quando a comunicação não existia

O caboclo foi o pioneiro

Cantando com a viola sua poesia.

Os violeiros andavam a cavalo

Carregando sua viola e seu violão

Isso até na capital de São Paulo

Nas noites de São João.

Acontecia um fato no povoado

Eles já escreviam a tal história

Num verso bem trovado

Quem ouvia gravava na memória.

Os circos de lona

Também foi fundamental

Histórias em três atos sem sanfona

Com sonoplastia era muito legal.

A marca da ferradura

Tonico e Tinoco encenavam

Vila Carioca em terra pura

Pavilhão Françoise nos encantavam.

Rua Licio de Miranda

Com a Rua Vemag

Em frente tinha uma varanda

Na época já tinha COAP.

Barraquinhas vendiam de tudo

Maçã do amor – pinhão cozido

Pipoca – paçoca – quebra-queixo

Servia também um quentão ardido.

As emissoras de radiodifusão

Passaram a ser o canal dos violeiros

Depois veio a televisão

Hoje também somos interneteiros.

Não sou poeta especializado

Na arte de escrever cordel

Mas vem na cabeça um ditado

Já boto tudo no papel.

É uma maneira de me expressar

Experiências vividas eu vou lembrando

Não sei se quem ler irá gostar

Enfim é mais uma prosa que vou narrando

Tangerynus
Enviado por Tangerynus em 20/09/2011
Código do texto: T3229896